Só com a luta é possível outra Europa
«Não cabe à União Europeia definir a política de cada país»
A iniciativa iniciou-se no Largo do Chiado, tendo os jovens percorrido as ruas da baixa lisboeta até ao Rossio, empunhando bandeiras e faixas e entoando palavras de ordem como «CDU avança, com toda a confiança», «Paz sim! Guerra não!», «Trabalho sim, desemprego não», «Propinas e Bolonha, é tudo uma vergonha» ou ainda «Não queremos mais exames nacionais». Antes da arruada, houve a actuação musical de MC L. King.
Na ocasião, Carina Castro, candidata ao Parlamento Europeu, lembrou que a «juventude não faz parte de nenhuma política comunitária em particular». As questões directamente ligadas a este sector, acrescentou, são enquadradas no âmbito da Comissão Cultura e Educação, o que, por si só, «ilustra a concepção redutora da realidade da vida dos jovens, por parte da União Europeia». Apesar de ser claro, sublinhou, que «não cabe à UE definir as políticas de cada país».
Passando em revista a situação do País vinte e três anos após a adesão à CEE, Carina Castro salientou que a privatização da educação acentua-se. E exemplificou com o caso da Escola Secundária D. Dinis, onde após a construção de um novo campo desportivo, «este só pode ser utilizado pelos estudantes ao fim-de-semana se estiverem dispostos a pagar». Ao mesmo tempo, introduz-se empresas na gestão das escolas, e aprofunda-se a sua elitização, com os exames nacionais ou o novo estatuto do aluno.
No ensino superior, prosseguiu a candidata, e em «consequência dos objectivos da Estratégia de Lisboa, somente dois por cento dos filhos dos trabalhadores acedem aos mais elevados graus de conhecimento» e há cortes na acção social e a troca destes apoios por empréstimos bancários. Segundo Carina Castro, há propinas a atingir os 18 mil euros e figuras ligadas ao grande capital figuram nos conselhos gerais das universidades. Neste órgão da Universidade de Lisboa, por exemplo, estão Henrique Granadeiro e Paulo Teixeira Pinto.
A jovem candidata chamou ainda a atenção para os mais de 240 mil jovens trabalhadores que se encontram desempregados e a precariedade que não pára de aumentar: os call-centers têm cerca de 90 por cento de trabalhadores precários e na Sonae há uma cláusula que compromete as trabalhadoras a não engravidar.
Salientando as lutas dos jovens trabalhadores e estudantes ocorridas este ano, Carina Castro reafirmou que «só com a luta é possível construir outra Europa».
Na ocasião, Carina Castro, candidata ao Parlamento Europeu, lembrou que a «juventude não faz parte de nenhuma política comunitária em particular». As questões directamente ligadas a este sector, acrescentou, são enquadradas no âmbito da Comissão Cultura e Educação, o que, por si só, «ilustra a concepção redutora da realidade da vida dos jovens, por parte da União Europeia». Apesar de ser claro, sublinhou, que «não cabe à UE definir as políticas de cada país».
Passando em revista a situação do País vinte e três anos após a adesão à CEE, Carina Castro salientou que a privatização da educação acentua-se. E exemplificou com o caso da Escola Secundária D. Dinis, onde após a construção de um novo campo desportivo, «este só pode ser utilizado pelos estudantes ao fim-de-semana se estiverem dispostos a pagar». Ao mesmo tempo, introduz-se empresas na gestão das escolas, e aprofunda-se a sua elitização, com os exames nacionais ou o novo estatuto do aluno.
No ensino superior, prosseguiu a candidata, e em «consequência dos objectivos da Estratégia de Lisboa, somente dois por cento dos filhos dos trabalhadores acedem aos mais elevados graus de conhecimento» e há cortes na acção social e a troca destes apoios por empréstimos bancários. Segundo Carina Castro, há propinas a atingir os 18 mil euros e figuras ligadas ao grande capital figuram nos conselhos gerais das universidades. Neste órgão da Universidade de Lisboa, por exemplo, estão Henrique Granadeiro e Paulo Teixeira Pinto.
A jovem candidata chamou ainda a atenção para os mais de 240 mil jovens trabalhadores que se encontram desempregados e a precariedade que não pára de aumentar: os call-centers têm cerca de 90 por cento de trabalhadores precários e na Sonae há uma cláusula que compromete as trabalhadoras a não engravidar.
Salientando as lutas dos jovens trabalhadores e estudantes ocorridas este ano, Carina Castro reafirmou que «só com a luta é possível construir outra Europa».