Quatro milhões sem emprego
O desemprego em Espanha atingiu números inéditos na história do país. Pela primeira vez a barreira dos quatro milhões foi ultrapassada em Março, elevando a taxa de desemprego para 17,36 por cento, ou seja, quase um em cada cinco trabalhadores está confrontado com o drama do desemprego.
Num só ano, a economia espanhola gerou 1,8 milhões de desempregados, número que para além de representar um recorde absoluto equivale a mais de metade dos cerca de três milhões de novos desempregados em toda a União Europeia durante o mesmo período.
A estatística oficial revela ainda que há mais de um milhão de famílias com todos os membros desempregados, o dobro em relação a Março de 2008.
O descalabro do sector da construção, principal motor da economia nos últimos anos, é apontado com a razão principal do disparo do desemprego. Na verdade, segundo a confederação patronal (CEPYME) nos primeiros três meses do ano desapareceram 88 500 pequenas e médias empresas. A mesma fonte indica que o número de empresas caiu 6,31 por cento.
Por outro lado, o Comité Económico e Social Europeu considera que este fortíssimo aumento do desemprego é consequência do modelo laboral espanhol. «A elevada precariedade permite despedir com muito mais facilidade do que noutros países da Europa», declarou ao jornal El País (26.04) José Maria Zufiaur. Por isso, sublinha Zufiaur, é «ridículo» insistir na reforma laboral. Pelo contrário, «é preciso concentrar esforços na criação de emprego de qualidade, elevar a produtividade através da educação, formação e investigação».
Num só ano, a economia espanhola gerou 1,8 milhões de desempregados, número que para além de representar um recorde absoluto equivale a mais de metade dos cerca de três milhões de novos desempregados em toda a União Europeia durante o mesmo período.
A estatística oficial revela ainda que há mais de um milhão de famílias com todos os membros desempregados, o dobro em relação a Março de 2008.
O descalabro do sector da construção, principal motor da economia nos últimos anos, é apontado com a razão principal do disparo do desemprego. Na verdade, segundo a confederação patronal (CEPYME) nos primeiros três meses do ano desapareceram 88 500 pequenas e médias empresas. A mesma fonte indica que o número de empresas caiu 6,31 por cento.
Por outro lado, o Comité Económico e Social Europeu considera que este fortíssimo aumento do desemprego é consequência do modelo laboral espanhol. «A elevada precariedade permite despedir com muito mais facilidade do que noutros países da Europa», declarou ao jornal El País (26.04) José Maria Zufiaur. Por isso, sublinha Zufiaur, é «ridículo» insistir na reforma laboral. Pelo contrário, «é preciso concentrar esforços na criação de emprego de qualidade, elevar a produtividade através da educação, formação e investigação».