Islandeses rejeitam políticas de direita
Pela primeira vez desde a independência da Islândia, em 1944, os dois maiores partidos do centro esquerda alcançaram a maioria absoluta, nas antecipadas eleições de sábado, 25, derrotando o partido conservador, que governou o país durante 18 anos, acabando por levá-lo à bancarrota.
O Partido Social-Democrata obteve 29,8 por cento dos votos (20 deputados) e o Movimento Esquerda-Verdes 21,4 por cento (14 deputados). Os conservadores, claramente penalizados pelo eleitorado, recolheram apenas 23,7 por cento dos votos (16 deputados), muito abaixo dos 36,6 por cento registados nas anteriores eleições de 2007.
Os dois partidos vencedores já constituíam o governo provisório, formado após a queda dos conservadores em finais de Janeiro, cuja demissão foi provocada por manifestações populares inéditas que se prolongaram durante vários meses.
Num cenário de grave recessão (o PIB deverá cair 10%) e de escalada do desemprego (10 por cento), os sociais-democratas fizeram campanha a favor da integração da Islândia na União Europeia e pela adopção do euro. Todavia, esta posição não é partilhada pelos aliados da Esquerda-Verdes. E são muitas as razões para desconfiar das vantagens da adesão à UE.
Se bem que os sociais-democratas apresentem a integração como a panaceia para as dificuldades do país, a verdade é que tal estatuto não evitou a ruptura financeira em estados-membros como a Lituânia, Hungria, Roménia e mais recentemente a Polónia, países que tiveram de entregar-se ao FMI. E a grave situação da Irlanda, que integra o euro, prova que nem mesmo a moeda única pode salvar os povos dos efeitos catastróficos das políticas do grande capital.
O Partido Social-Democrata obteve 29,8 por cento dos votos (20 deputados) e o Movimento Esquerda-Verdes 21,4 por cento (14 deputados). Os conservadores, claramente penalizados pelo eleitorado, recolheram apenas 23,7 por cento dos votos (16 deputados), muito abaixo dos 36,6 por cento registados nas anteriores eleições de 2007.
Os dois partidos vencedores já constituíam o governo provisório, formado após a queda dos conservadores em finais de Janeiro, cuja demissão foi provocada por manifestações populares inéditas que se prolongaram durante vários meses.
Num cenário de grave recessão (o PIB deverá cair 10%) e de escalada do desemprego (10 por cento), os sociais-democratas fizeram campanha a favor da integração da Islândia na União Europeia e pela adopção do euro. Todavia, esta posição não é partilhada pelos aliados da Esquerda-Verdes. E são muitas as razões para desconfiar das vantagens da adesão à UE.
Se bem que os sociais-democratas apresentem a integração como a panaceia para as dificuldades do país, a verdade é que tal estatuto não evitou a ruptura financeira em estados-membros como a Lituânia, Hungria, Roménia e mais recentemente a Polónia, países que tiveram de entregar-se ao FMI. E a grave situação da Irlanda, que integra o euro, prova que nem mesmo a moeda única pode salvar os povos dos efeitos catastróficos das políticas do grande capital.