A opção de arremessar palavras
Foi apresentada anteontem a edição comemorativa dos 50 anos da publicação de Quando os Lobos Uivam, de Aquilino Ribeiro.
A obra deu mais esperança e força para o combate contra a opressão
A sessão, promovida pelas Edições Avante!, responsável por esta edição especial, decorreu no auditório da Biblioteca Nacional, em Lisboa, e contou com a presença de mais de uma centena de pessoas.
Há cinquenta anos, lembrou Jerónimo de Sousa, «quando o nosso País era coberto por uma sufocante e repressiva sombra que se abatia sobre um povo inteiro, aos homens das letras e das artes era colocada a opção de se conformarem com a situação, ficarem “em cima do muro”, ou tomarem partido pela liberdade e pelo seu povo». Quando os Lobos Uivam surgiu, então, como uma expressão literária «do homem que fez essa opção, que transformou as palavras em armas de arremesso que atingiam e vulnerabilizavam os opressores mas, simultaneamente, davam mais esperança e mais força a quem lutava contra a opressão».
Hoje, «num tempo sem dúvida diferente mas em que ressurgem nuvens inquietantes que ensombram o rosto e a vida de muitos portugueses, tempo onde crescem e prevalecem injustiças e desigualdades», o Secretário-geral do Partido citou Aquilino: «Vi muita bela coisa, assisti a grandes feitos de beleza e força, ouvi os sonatas de Beethoven e os rouxinóis dos bosques. Mais e melhor ouvireis vós, meus camaradas que tendes o tempo a favor.»
Antes de Jerónimo de Sousa, falaram Aquilino Ribeiro Machado, filho do autor da obra; Manuel Augusto Araújo, que realçou as ilustrações de João Abel Manta (o pintor ocupou lugar na mesa, a par dos oradores); Manuel Gusmão, que destacou o valor da obra e do prefácio de Álvaro Cunhal; e Francisco Melo, director das Edições Avante!.
Na próxima semana, voltaremos ao tema e à sessão de lançamento do livro.
Há cinquenta anos, lembrou Jerónimo de Sousa, «quando o nosso País era coberto por uma sufocante e repressiva sombra que se abatia sobre um povo inteiro, aos homens das letras e das artes era colocada a opção de se conformarem com a situação, ficarem “em cima do muro”, ou tomarem partido pela liberdade e pelo seu povo». Quando os Lobos Uivam surgiu, então, como uma expressão literária «do homem que fez essa opção, que transformou as palavras em armas de arremesso que atingiam e vulnerabilizavam os opressores mas, simultaneamente, davam mais esperança e mais força a quem lutava contra a opressão».
Hoje, «num tempo sem dúvida diferente mas em que ressurgem nuvens inquietantes que ensombram o rosto e a vida de muitos portugueses, tempo onde crescem e prevalecem injustiças e desigualdades», o Secretário-geral do Partido citou Aquilino: «Vi muita bela coisa, assisti a grandes feitos de beleza e força, ouvi os sonatas de Beethoven e os rouxinóis dos bosques. Mais e melhor ouvireis vós, meus camaradas que tendes o tempo a favor.»
Antes de Jerónimo de Sousa, falaram Aquilino Ribeiro Machado, filho do autor da obra; Manuel Augusto Araújo, que realçou as ilustrações de João Abel Manta (o pintor ocupou lugar na mesa, a par dos oradores); Manuel Gusmão, que destacou o valor da obra e do prefácio de Álvaro Cunhal; e Francisco Melo, director das Edições Avante!.
Na próxima semana, voltaremos ao tema e à sessão de lançamento do livro.