Olhos postos nas eleições
A Comissão Concelhia de Mangualde do PCP veio, no seu Boletim de Janeiro, chamar a atenção para alguns dos problemas mais sentidos no concelho e alerta para eleitoralismo.
Câmara quer contornar o impedimento legal do recurso a empréstimos
A «Sociedade Comercial» que a Câmara de Mangualde quer constituir com um privado, por exemplo, merece a crítica dos comunistas, que dizem ser esta uma forma de contornar o impedimento legal do recurso a empréstimos (particularmente agora, que as eleições se aproximam e é preciso «apresentar obra»), enquadrando-se na lógica da política de privatização dos serviços públicos. «É um estratagema desesperado para ir buscar dinheiro aos bancos, mas que deixa a Câmara completamente amarrada e dependente das decisões do gestor privado», acusa a Concelhia do PCP, para quem «tal cenário não é solução para o problema de fundo». Pelo contrário, em vez de aliviar a carga da dívida agravá-la-á ainda mais, «hipotecando» o desenvolvimento do Concelho. Assim, esta «sociedade», a constituir-se, «será o caminho para o abismo financeiro do município».
Os comunistas criticam ainda duramente a existência de fossas em céu aberto, caso da Lavandeira, onde a «lagoa de dejectos e águas pútridas empesta o ar e contamina as águas da ribeira, afectando as populações, sobretudo da Roda e Tabosa». Este não é, contudo, caso único, também em Stª Luzia e Pinheiro de Cima, onde o saneamento básico está instalado, os moradores não podem ligar as caixas ao colector por não haver ETAR ou fossa séptica onde possa desaguar. A consequência é que alguns moradores, «fartos de esperar», ligam os seus efluentes domésticos à rede, aparecendo depois as tampas das caixas levantadas pela pressão e o «lamentável espectáculo» dos dejectos a correr pelas valetas.
Um concelho esquecido
Preocupante é também a situação social e económica que se vive no Concelho de Mangualde, com a perda, só no último ano, de centenas de postos de trabalho, em consequência sobretudo do encerramento da Malhacila e da Anjal e da redução de efectivos na PSA/Peugeot-Citroen. Isto, para não falar nas empresas com salários em atraso e noutras que, a atravessar graves dificuldades de gestão, poderão a breve prazo «desembocar em mais despedimentos». Aliás, este é o panorama vivido pelas empresas do interior, «sem apoios efectivos por parte do Governo», «sujeitas a uma concorrência exterior cada vez mais agressiva», «sem acesso a crédito bonificado» e «vítimas do vampirismo do sector bancário».
O Distrito de Viseu continua, contudo, a ver baixar as dotações no Orçamento do Estado, que passaram de 125 milhões de euros, em 2005, para 54 milhões de euros em 2008. Por sua vez, o concelho de Mangualde, depois de em 2007 ter recebido do Orçamento de Estado para obras a «choruda» quantia de 4.000€, beneficiou em 2008 de uns «generosos» 7.682€, ironiza o PCP que, através do seu Grupo Parlamentar, ainda procurou introduzir no PIDDAC algumas propostas para «colmatar a ausência de obras estruturantes» para o concelho, propostas que foram, contudo, rejeitadas por PS, PSD e CDS.
Os comunistas criticam ainda duramente a existência de fossas em céu aberto, caso da Lavandeira, onde a «lagoa de dejectos e águas pútridas empesta o ar e contamina as águas da ribeira, afectando as populações, sobretudo da Roda e Tabosa». Este não é, contudo, caso único, também em Stª Luzia e Pinheiro de Cima, onde o saneamento básico está instalado, os moradores não podem ligar as caixas ao colector por não haver ETAR ou fossa séptica onde possa desaguar. A consequência é que alguns moradores, «fartos de esperar», ligam os seus efluentes domésticos à rede, aparecendo depois as tampas das caixas levantadas pela pressão e o «lamentável espectáculo» dos dejectos a correr pelas valetas.
Um concelho esquecido
Preocupante é também a situação social e económica que se vive no Concelho de Mangualde, com a perda, só no último ano, de centenas de postos de trabalho, em consequência sobretudo do encerramento da Malhacila e da Anjal e da redução de efectivos na PSA/Peugeot-Citroen. Isto, para não falar nas empresas com salários em atraso e noutras que, a atravessar graves dificuldades de gestão, poderão a breve prazo «desembocar em mais despedimentos». Aliás, este é o panorama vivido pelas empresas do interior, «sem apoios efectivos por parte do Governo», «sujeitas a uma concorrência exterior cada vez mais agressiva», «sem acesso a crédito bonificado» e «vítimas do vampirismo do sector bancário».
O Distrito de Viseu continua, contudo, a ver baixar as dotações no Orçamento do Estado, que passaram de 125 milhões de euros, em 2005, para 54 milhões de euros em 2008. Por sua vez, o concelho de Mangualde, depois de em 2007 ter recebido do Orçamento de Estado para obras a «choruda» quantia de 4.000€, beneficiou em 2008 de uns «generosos» 7.682€, ironiza o PCP que, através do seu Grupo Parlamentar, ainda procurou introduzir no PIDDAC algumas propostas para «colmatar a ausência de obras estruturantes» para o concelho, propostas que foram, contudo, rejeitadas por PS, PSD e CDS.