Câmara de Santarém discriminou o PCP
O secretariado da Direcção da Organização Regional de Santarém do PCP reagiu, em conferência de imprensa realizada anteontem, às acusações do presidente da Câmara Municipal de Santarém, que chamou mentiroso ao secretário-geral do PCP.
É verdade que a Câmara Municipal não cedeu o Teatro Sá da Bandeira ao PCP
A acusação do autarca eleito pelo PSD prendeu-se com a recusa da Câmara Municipal de Santarém em ceder o Teatro Sá da Bandeira ao PCP para o seu comício (ver página 7). Para o PCP, a verdade é «aquela que o Sr. Presidente Moita Flores e a Divisão de Cultura da Câmara Municipal de Santarém conhecem, mas decidiram esconder:
- O PCP contactou a Divisão de Cultura da Câmara Municipal de Santarém para conhecer a disponibilidade do Teatro Sá da Bandeira para a realização de uma festa-comício;
- O PCP, após a Divisão de Cultura ter informado que aquele espaço estava disponível para 20 de Janeiro, formalizou o pedido, via fax, com data de 6 de Dezembro de 2007;
- O PCP, após vários dias sem receber qualquer resposta, contactou por telefone a Divisão de Cultura. Nessa altura fomos informados que o pedido tinha seguido para o Gabinete do Sr. Presidente, para despacho;
- Dada a urgência em obter a confirmação da cedência, o PCP, através de um eleito da CDU na Assembleia Municipal, contactou telefonicamente o Sr. Presidente Moita Flores no sentido de o sensibilizar para a necessidade de uma resposta com brevidade. Nesse contacto foi solicitado ao PCP que reformulasse o conteúdo do ofício e o fizesse chegar ao seu gabinete até ás 12 horas do dia seguinte, para que o Sr. Presidente despachasse de imediato, uma vez que se iria ausentar para férias;
- O PCP seguiu esta indicação, e enviou por fax, um novo ofício, às 11h e 28m do dia 19 de Dezembro de 2007.
- Mais tarde, o PCP contactou o gabinete do Sr. Presidente por diversas vezes, até que fomos informados que o fax tinha sido remetido para a Divisão de Cultura;
- A 21 de Dezembro de 2007, o PCP contactou por telefone a Divisão de Cultura que nos informou que o Sr. Presidente teria respondido negativamente ao nosso pedido e que sugeria a realização da iniciativa na Casa do Brasil (sala com capacidade para cerca de 50 pessoas!);
- Na mesma altura, PCP solicitou de imediato à Divisão de Cultura que enviasse o teor do despacho por escrito (ou cópia por fax), o que até hoje não foi feito;
- A 16 de Janeiro de 2007, entrou na Câmara Municipal de Santarém uma carta enviada pelo PCP, relatando os factos (entre os quais o envio do novo pedido ao cuidado do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Santarém conforme as indicações que nos dera), e de novo pedindo o teor do despacho e a sua fundamentação, desta vez ao abrigo do Estatuto do Direito de Oposição.
Verdades
É assim verdade:
- Que o Teatro Sá da Bandeira não foi cedido ao PCP;
- Que o PCP continua sem conhecer o teor e a fundamentação (deliberação camarária ou de qualquer sua dependência) do despacho negativo, pois nem a Divisão de Cultura, nem a Câmara Municipal responderam às nossas solicitações.
Para o PCP, os factos falam por si:
- A recusa em ceder o Teatro Sá da Bandeira ao PCP, quando nesse espaço se realizou a Convenção Autárquica do PS e mais recentemente a Festa de Natal da JSD, visa discriminar o PCP e a sua iniciativa política e é feita com base num critério aparentemente sem sustentação em qualquer deliberação camarária, do qual temos o direito de discordar.
- A deliberada ausência de resposta às nossas solicitações, bem como a sugestão para a utilização de um espaço (Casa do Brasil) que comprovadamente não tinha dimensão para a realização de uma festa-comício, demonstra a profunda falta de respeito e a desconsideração pelo PCP, que move a decisão do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Santarém.
Os factos mostram também o quanto são despropositadas as declarações do Sr. Presidente Moita Flores, em que, de forma desabrida e utilizando um estilo pimba e eticamente inaceitável para um cidadão com tão elevadas responsabilidades, acusa o secretário-geral do PCP de vir “mentir” a Santarém.
Mas, para o PCP, o essencial deste episódio é que ele demonstra que, com Moita Flores e o PSD na Câmara, e seguindo uma perigosa tendência nacional, são as próprias instituições do Estado de direito democrático que impedem a utilização de espaços públicos para a iniciativa dos partidos políticos, característica fundamental da democracia. E que, mais uma vez, é o PCP atacado e afectado de forma particular. É mais uma prova dos reais objectivos de toda a ideologia anti-partidos, das leis dos partidos, das alterações tentadas às leis eleitorais: diminuir a capacidade de resistência e de organização dos que lutam por uma nova política, e perpetuar no poder os representantes chave desta política de direita antidemocrática, antipopular e antipatriótica.
Nesta luta que continua e se intensifica, estamos do lado dos que desejam uma mudança profunda na sociedade portuguesa, que lhes devolva os direitos e a democracia a que têm direito. E é isso, certamente, que os enfurece.»
- O PCP contactou a Divisão de Cultura da Câmara Municipal de Santarém para conhecer a disponibilidade do Teatro Sá da Bandeira para a realização de uma festa-comício;
- O PCP, após a Divisão de Cultura ter informado que aquele espaço estava disponível para 20 de Janeiro, formalizou o pedido, via fax, com data de 6 de Dezembro de 2007;
- O PCP, após vários dias sem receber qualquer resposta, contactou por telefone a Divisão de Cultura. Nessa altura fomos informados que o pedido tinha seguido para o Gabinete do Sr. Presidente, para despacho;
- Dada a urgência em obter a confirmação da cedência, o PCP, através de um eleito da CDU na Assembleia Municipal, contactou telefonicamente o Sr. Presidente Moita Flores no sentido de o sensibilizar para a necessidade de uma resposta com brevidade. Nesse contacto foi solicitado ao PCP que reformulasse o conteúdo do ofício e o fizesse chegar ao seu gabinete até ás 12 horas do dia seguinte, para que o Sr. Presidente despachasse de imediato, uma vez que se iria ausentar para férias;
- O PCP seguiu esta indicação, e enviou por fax, um novo ofício, às 11h e 28m do dia 19 de Dezembro de 2007.
- Mais tarde, o PCP contactou o gabinete do Sr. Presidente por diversas vezes, até que fomos informados que o fax tinha sido remetido para a Divisão de Cultura;
- A 21 de Dezembro de 2007, o PCP contactou por telefone a Divisão de Cultura que nos informou que o Sr. Presidente teria respondido negativamente ao nosso pedido e que sugeria a realização da iniciativa na Casa do Brasil (sala com capacidade para cerca de 50 pessoas!);
- Na mesma altura, PCP solicitou de imediato à Divisão de Cultura que enviasse o teor do despacho por escrito (ou cópia por fax), o que até hoje não foi feito;
- A 16 de Janeiro de 2007, entrou na Câmara Municipal de Santarém uma carta enviada pelo PCP, relatando os factos (entre os quais o envio do novo pedido ao cuidado do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Santarém conforme as indicações que nos dera), e de novo pedindo o teor do despacho e a sua fundamentação, desta vez ao abrigo do Estatuto do Direito de Oposição.
Verdades
É assim verdade:
- Que o Teatro Sá da Bandeira não foi cedido ao PCP;
- Que o PCP continua sem conhecer o teor e a fundamentação (deliberação camarária ou de qualquer sua dependência) do despacho negativo, pois nem a Divisão de Cultura, nem a Câmara Municipal responderam às nossas solicitações.
Para o PCP, os factos falam por si:
- A recusa em ceder o Teatro Sá da Bandeira ao PCP, quando nesse espaço se realizou a Convenção Autárquica do PS e mais recentemente a Festa de Natal da JSD, visa discriminar o PCP e a sua iniciativa política e é feita com base num critério aparentemente sem sustentação em qualquer deliberação camarária, do qual temos o direito de discordar.
- A deliberada ausência de resposta às nossas solicitações, bem como a sugestão para a utilização de um espaço (Casa do Brasil) que comprovadamente não tinha dimensão para a realização de uma festa-comício, demonstra a profunda falta de respeito e a desconsideração pelo PCP, que move a decisão do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Santarém.
Os factos mostram também o quanto são despropositadas as declarações do Sr. Presidente Moita Flores, em que, de forma desabrida e utilizando um estilo pimba e eticamente inaceitável para um cidadão com tão elevadas responsabilidades, acusa o secretário-geral do PCP de vir “mentir” a Santarém.
Mas, para o PCP, o essencial deste episódio é que ele demonstra que, com Moita Flores e o PSD na Câmara, e seguindo uma perigosa tendência nacional, são as próprias instituições do Estado de direito democrático que impedem a utilização de espaços públicos para a iniciativa dos partidos políticos, característica fundamental da democracia. E que, mais uma vez, é o PCP atacado e afectado de forma particular. É mais uma prova dos reais objectivos de toda a ideologia anti-partidos, das leis dos partidos, das alterações tentadas às leis eleitorais: diminuir a capacidade de resistência e de organização dos que lutam por uma nova política, e perpetuar no poder os representantes chave desta política de direita antidemocrática, antipopular e antipatriótica.
Nesta luta que continua e se intensifica, estamos do lado dos que desejam uma mudança profunda na sociedade portuguesa, que lhes devolva os direitos e a democracia a que têm direito. E é isso, certamente, que os enfurece.»