Um espelho dos interesses e lutas dos jovens
Se a Festa é feita em grande parte de jovens, estes têm um espaço próprio na Quinta da Atalaia. É a zona da JCP, também conhecida por «Cidade da Juventude», um local diversificado que espelha os interesses e reivindicações dos jovens.
A Festa do Avante! é cada vez mais popular entre os jovens. Basta andar pelo terreno e ver os visitantes mais novos espalhados por todos os cantos, a comer nos restaurantes, junto aos palcos, a visitar exposições, sentados à sombra... Ou, numa «medição» mais tecnológica, visitar na internet o grupo «Festa do Avante» do Hi5 e ver as inúmeras adesões registadas nos últimos dias neste site de páginas pessoais tão popular entre os mais novos.
Mas, se os jovens são bem-vindos em todos os cantos da Festa, há um espaço construído especificamente por eles e para eles: o espaço da JCP, localizado perto do Palco 25 de Abril, feito de exposições, debates, workshops e espectáculos de música, brake dance, capoeira e ilusionismo. Um cenário diversificado que reflecte os principais problemas dos jovens e os seus interesses, bem como as propostas da JCP.
A exposição espalha-se por todo o espaço, abordando as reivindicações dos estudantes do ensino secundário e do ensino superior, as lutas dos jovens trabalhadores, as principais actividades da JCP no último ano e as suas posições, em particular o 11.º CNES e o 12.º ENES, o comício da JCP em Maio no Porto, os festivais de bandas e o torneio de futsal.
«A exposição é fruto de uma discussão colectiva. Foi a partir do que aconteceu durante um ano inteiro que construímos a exposição», afirma Cristina Cardoso, dirigente da organização. «Foram momentos muito importantes na actividade da JCP este ano, que envolveram muito a organização, levaram ao seu reforço e contaram com a participação de milhares de pessoas. Para além de potenciar o contacto com esses jovens a quem, sem estas iniciativas, não chegaríamos tão facilmente, foram momentos em que aproveitámos para discutir com eles as nossas propostas.»
O 90.º aniversário da Revolução de Outubro ocupa um lugar de destaque, abordando, por um lado, a importância da juventude na revolução e, por outro, a importância da revolução para a juventude. «A juventude é a chama mais acesa da revolução» é a frase, da autoria de Lénine, que dá o mote.
«Queremos mostrar como os jovens são importantes para dar continuação ao Partido e o reforço da JCP é essencial, mas também valorizar as conquistas da Revolução de Outubro. Sem elas hoje seria difícil assumir direitos que consideramos básicos, como o direito à educação, ao trabalho, à saúde ou à habitação», refere.
Bandas de Norte a Sul
Na zona superior do espaço da JCP encontra-se o Palco Novos Valores. As 12 bandas que ali actuaram na sexta-feira, sábado e domingo foram seleccionadas em várias fases de concursos regionais e em duas «finalíssimas». Todos os tipos de música estão ali representados, num espaço que conta com fãs incondicionais, pessoas que esperam pela banda que se segue para conhecer a nova música que se produz em Portugal... e talvez as estrelas do futuro.
Vasco Prozil é o responsável pelo funcionamento do palco e mostra-se entusiasmado com a experiência. «Esta tarefa numa palavra: trabalhosa», afirma, lembrando as muitas combinações sobre as horas de chegada das bandas à Atalaia, o transporte do material, a preparação das refeições, o check sound e a resolução de problemas técnicos. «Isto tudo leva muito, muito tempo... É cansativa, mas fazemo-lo com gosto. É gratificante ter esta tarefa. O público pede sempre mais, é muito receptivo. Mesmo quando há espectáculos nos palcos principais, junta-se sempre muita gente. Tem sido uma loucura. É um ambiente muito fixe e as bandas adoram. Saem do palco sempre com um sorriso nos lábios.»
O contacto com os elementos dos grupos também é gratificante. Vasco regista as reacções de quem conhece a Festa pela primeira vez: «Dizem que não faziam ideia de como era, que gostam muito, que não tem nada a ver com os festivais. Ainda ontem uma banda dizia que há muitos festivais que tentam impôr um espírito através de um cartaz virado para o rock ou o reagge, mas que a Festa tem naturalmente um espírito próprio, que aqui há de tudo, uma mescla de culturas, onde cada um escolhe o que quer ver, em convívio e fraternidade.»
Esta experiência ajuda também a que as bandas percebam até que ponto é forte a ofensiva ideológica. «É a diferença entre o que eles vêem na TV sobre a Festa e o que vêem com os seus próprios olhos quando cá chegam. Depois é a regra de três simples: basta pensar no que dá na TV sobre o Partido e o que é de facto o Partido... Estar aqui é abrir os olhos para muitas coisas. Ficam com uma visão completamente diferente.»
Vasco refere que, «nas eliminatórias regionais e nas “finalíssimas”, nota-se logo uma ligação das bandas à JCP. Pode não ser tão ideológica como nós queríamos, mas é um passo. Percebem que estamos aqui por motivações ideológicas e solidárias. Vêem que estamos aqui a trabalhar, pagamos a EP, sempre preocupados com eles e com que tudo corra bem... Isto cria uma empatia. Quem não sentir não tem coração!»
Mas, se os jovens são bem-vindos em todos os cantos da Festa, há um espaço construído especificamente por eles e para eles: o espaço da JCP, localizado perto do Palco 25 de Abril, feito de exposições, debates, workshops e espectáculos de música, brake dance, capoeira e ilusionismo. Um cenário diversificado que reflecte os principais problemas dos jovens e os seus interesses, bem como as propostas da JCP.
A exposição espalha-se por todo o espaço, abordando as reivindicações dos estudantes do ensino secundário e do ensino superior, as lutas dos jovens trabalhadores, as principais actividades da JCP no último ano e as suas posições, em particular o 11.º CNES e o 12.º ENES, o comício da JCP em Maio no Porto, os festivais de bandas e o torneio de futsal.
«A exposição é fruto de uma discussão colectiva. Foi a partir do que aconteceu durante um ano inteiro que construímos a exposição», afirma Cristina Cardoso, dirigente da organização. «Foram momentos muito importantes na actividade da JCP este ano, que envolveram muito a organização, levaram ao seu reforço e contaram com a participação de milhares de pessoas. Para além de potenciar o contacto com esses jovens a quem, sem estas iniciativas, não chegaríamos tão facilmente, foram momentos em que aproveitámos para discutir com eles as nossas propostas.»
O 90.º aniversário da Revolução de Outubro ocupa um lugar de destaque, abordando, por um lado, a importância da juventude na revolução e, por outro, a importância da revolução para a juventude. «A juventude é a chama mais acesa da revolução» é a frase, da autoria de Lénine, que dá o mote.
«Queremos mostrar como os jovens são importantes para dar continuação ao Partido e o reforço da JCP é essencial, mas também valorizar as conquistas da Revolução de Outubro. Sem elas hoje seria difícil assumir direitos que consideramos básicos, como o direito à educação, ao trabalho, à saúde ou à habitação», refere.
Bandas de Norte a Sul
Na zona superior do espaço da JCP encontra-se o Palco Novos Valores. As 12 bandas que ali actuaram na sexta-feira, sábado e domingo foram seleccionadas em várias fases de concursos regionais e em duas «finalíssimas». Todos os tipos de música estão ali representados, num espaço que conta com fãs incondicionais, pessoas que esperam pela banda que se segue para conhecer a nova música que se produz em Portugal... e talvez as estrelas do futuro.
Vasco Prozil é o responsável pelo funcionamento do palco e mostra-se entusiasmado com a experiência. «Esta tarefa numa palavra: trabalhosa», afirma, lembrando as muitas combinações sobre as horas de chegada das bandas à Atalaia, o transporte do material, a preparação das refeições, o check sound e a resolução de problemas técnicos. «Isto tudo leva muito, muito tempo... É cansativa, mas fazemo-lo com gosto. É gratificante ter esta tarefa. O público pede sempre mais, é muito receptivo. Mesmo quando há espectáculos nos palcos principais, junta-se sempre muita gente. Tem sido uma loucura. É um ambiente muito fixe e as bandas adoram. Saem do palco sempre com um sorriso nos lábios.»
O contacto com os elementos dos grupos também é gratificante. Vasco regista as reacções de quem conhece a Festa pela primeira vez: «Dizem que não faziam ideia de como era, que gostam muito, que não tem nada a ver com os festivais. Ainda ontem uma banda dizia que há muitos festivais que tentam impôr um espírito através de um cartaz virado para o rock ou o reagge, mas que a Festa tem naturalmente um espírito próprio, que aqui há de tudo, uma mescla de culturas, onde cada um escolhe o que quer ver, em convívio e fraternidade.»
Esta experiência ajuda também a que as bandas percebam até que ponto é forte a ofensiva ideológica. «É a diferença entre o que eles vêem na TV sobre a Festa e o que vêem com os seus próprios olhos quando cá chegam. Depois é a regra de três simples: basta pensar no que dá na TV sobre o Partido e o que é de facto o Partido... Estar aqui é abrir os olhos para muitas coisas. Ficam com uma visão completamente diferente.»
Vasco refere que, «nas eliminatórias regionais e nas “finalíssimas”, nota-se logo uma ligação das bandas à JCP. Pode não ser tão ideológica como nós queríamos, mas é um passo. Percebem que estamos aqui por motivações ideológicas e solidárias. Vêem que estamos aqui a trabalhar, pagamos a EP, sempre preocupados com eles e com que tudo corra bem... Isto cria uma empatia. Quem não sentir não tem coração!»