Socialistas europeus são hipócritas
O secretário-geral do PCP participou, no dia 8, num jantar de Natal promovido pela Direcção da Organização Regional de Braga do Partido. Na iniciativa, na qual compareceram mais de duas centenas e meia de pessoas, o dirigente do PCP comentou o Congresso do Partido Socialista Europeu, que se realizou no Porto na passada semana.
Jerónimo de Sousa acusou os partidos socialistas europeus de hipocrisia por atacarem a política do Banco Central Europeu, quando foram eles próprios a aprovarem as suas competências no Parlamento Europeu. Referindo-se à intervenção da candidata socialista à presidência de França, Ségolène Royal, que acusou os «burocratas do Banco Central Europeu de imporem uma política monetária que impede o desenvolvimento», o dirigente do PCP lembrou que foi precisamente o Partido Socialista Francês e outros partidos socialistas e social-democratas quem lhes deu o poder para o fazerem.
Para o secretário-geral do PCP, a dita «esquerda moderna» representada pela candidata socialista francesa «não traz nada de novo à Europa». A tese de que o BCE faz uma «política monetarista, de altas taxas de juro, contrária aos interesses das populações», há muito que é defendida pelos comunistas, realçou. «Vieram agora descobrir a pólvora», ironizou, destacando que, tal como em Portugal, também noutros países da Europa os socialistas querem que a culpa morra solteira.
Jerónimo de Sousa centrou as suas críticas ao Governo do PS, a quem acusou de fazer aquilo que a direita não teve condições para executar, atacando sempre os mais pobres, «deixando-os com a corda na garganta». O primeiro-ministro e o ministro das Finanças «têm “coragem” para pôr em causa as conquistas sociais na saúde e Segurança Social, nos direitos dos trabalhadores e da Administração Pública ou nas reformas». Mas, por outro lado, já não têm a mesma «coragem» para tocar nos interesses daqueles que «mais têm, a banca e as grandes empresas capitalistas». E exemplificou: «a EDP teve dois mil milhões de euros de lucros, mas mesmo assim vai haver um aumento de seis por cento nas tarifas eléctricas.» Também a banca tem tido lucros fabulosos, na ordem dos dois mil milhões de euros.
Para o secretário-geral do PCP, a dita «esquerda moderna» representada pela candidata socialista francesa «não traz nada de novo à Europa». A tese de que o BCE faz uma «política monetarista, de altas taxas de juro, contrária aos interesses das populações», há muito que é defendida pelos comunistas, realçou. «Vieram agora descobrir a pólvora», ironizou, destacando que, tal como em Portugal, também noutros países da Europa os socialistas querem que a culpa morra solteira.
Jerónimo de Sousa centrou as suas críticas ao Governo do PS, a quem acusou de fazer aquilo que a direita não teve condições para executar, atacando sempre os mais pobres, «deixando-os com a corda na garganta». O primeiro-ministro e o ministro das Finanças «têm “coragem” para pôr em causa as conquistas sociais na saúde e Segurança Social, nos direitos dos trabalhadores e da Administração Pública ou nas reformas». Mas, por outro lado, já não têm a mesma «coragem» para tocar nos interesses daqueles que «mais têm, a banca e as grandes empresas capitalistas». E exemplificou: «a EDP teve dois mil milhões de euros de lucros, mas mesmo assim vai haver um aumento de seis por cento nas tarifas eléctricas.» Também a banca tem tido lucros fabulosos, na ordem dos dois mil milhões de euros.