Travar o desemprego
No âmbito da campanha nacional «Portugal Precisa, o PCP Propõe», o Organismo de Direcção dos Concelhos do Oeste do PCP reuniu, a seu pedido, com a União Sindical de Torres Vedras, para discutir os problemas do mundo do trabalho na região
Aumentos salariais ou não os há ou são pequenos e discriminatórios
Na conferência de imprensa, realizada em Torres Vedras, para divulgação das conclusões, participou uma delegação da União Sindical de Torres Vedras, presidida por Fernando Feliz, e ainda os dirigentes do PCP Álvaro Carvalheira, Bento Luís e Ricardo Miguel.
É convicção dos participantes que o avolumar das preocupações dos trabalhadores face ao futuro radicam nas políticas de direita, «promotoras de desigualdades sociais e destruição do aparelho produtivo nacional», realizadas por sucessivos governos. Nomeadamente pelo actual Governo PS, que continua a «promover o desemprego, destruir as funções Sociais do Estado, agredir cada vez com mais violência os direitos e interesses dos trabalhadores e do povo em geral».
Assim, na região – concelhos de Torres Vedras, Cadaval, Lourinhã, Mafra e Sobral de Monte Agraço –, o número de desempregados, certamente aquém da realidade, contabilizava já 6.171, em Abril passado, ou seja, 7,1% dos 87.093 registados à data em todo o distrito de Lisboa.
Há outra política
De facto, a situação social destes concelhos não é nada boa: no sector cerâmico, com tabelas salariais das mais baixas da região, as empresas ou não procedem a aumentos salariais – a Torriense desde 2003 e a Lusoceram desde 2004 – ou fazem «pequenos aumentos e discriminatórios»; não há formação profissional nem promoções para os trabalhadores auxiliares; o diálogo entre representantes dos trabalhadores e do patronato é inexistente, existindo, sim, tentativas de inviabilização de plenários sindicais. Também, na indústria alimentar há repressão sindical, nomeadamente na Sicasal, enquanto na Função Pública se mantêm os processos de encerramento do Instituto da Vinha e do Vinho.
De valorizar é, porém, no sector da metalurgia, a readmissão de um trabalhador despedido arbitrariamente da Fundição Dois Portos e, na Frismague, a reposição pelos trabalhadores da «verdade» na sua qualificação profissional, com reflexos salariais a partir desde mês.
A verdade, é que a propaganda do Governo não resolve os problemas económicos e sociais do País, conclui o PCP, apontando como medida, entre muitas, para ajudar a resolvê-los a cobrança por parte do estado do IRC sobre os lucros dos Bancos, que entre 2004 e 2005 atingiram os 71,5%. Se essa medida tivesse sido tomada, ou seja, se a Banca tivesse pago a taxa de 25% – que qualquer empresa não financeira é obrigada a pagar – o Estado teria arrecadado em 2 anos mais 553,75 milhões de Euros do que recebeu!
Os comunistas aproveitam, pois, para reafirmar o tipo de política que defendem: uma política «baseada no incremento da produção, no emprego e no trabalho com direitos».
É convicção dos participantes que o avolumar das preocupações dos trabalhadores face ao futuro radicam nas políticas de direita, «promotoras de desigualdades sociais e destruição do aparelho produtivo nacional», realizadas por sucessivos governos. Nomeadamente pelo actual Governo PS, que continua a «promover o desemprego, destruir as funções Sociais do Estado, agredir cada vez com mais violência os direitos e interesses dos trabalhadores e do povo em geral».
Assim, na região – concelhos de Torres Vedras, Cadaval, Lourinhã, Mafra e Sobral de Monte Agraço –, o número de desempregados, certamente aquém da realidade, contabilizava já 6.171, em Abril passado, ou seja, 7,1% dos 87.093 registados à data em todo o distrito de Lisboa.
Há outra política
De facto, a situação social destes concelhos não é nada boa: no sector cerâmico, com tabelas salariais das mais baixas da região, as empresas ou não procedem a aumentos salariais – a Torriense desde 2003 e a Lusoceram desde 2004 – ou fazem «pequenos aumentos e discriminatórios»; não há formação profissional nem promoções para os trabalhadores auxiliares; o diálogo entre representantes dos trabalhadores e do patronato é inexistente, existindo, sim, tentativas de inviabilização de plenários sindicais. Também, na indústria alimentar há repressão sindical, nomeadamente na Sicasal, enquanto na Função Pública se mantêm os processos de encerramento do Instituto da Vinha e do Vinho.
De valorizar é, porém, no sector da metalurgia, a readmissão de um trabalhador despedido arbitrariamente da Fundição Dois Portos e, na Frismague, a reposição pelos trabalhadores da «verdade» na sua qualificação profissional, com reflexos salariais a partir desde mês.
A verdade, é que a propaganda do Governo não resolve os problemas económicos e sociais do País, conclui o PCP, apontando como medida, entre muitas, para ajudar a resolvê-los a cobrança por parte do estado do IRC sobre os lucros dos Bancos, que entre 2004 e 2005 atingiram os 71,5%. Se essa medida tivesse sido tomada, ou seja, se a Banca tivesse pago a taxa de 25% – que qualquer empresa não financeira é obrigada a pagar – o Estado teria arrecadado em 2 anos mais 553,75 milhões de Euros do que recebeu!
Os comunistas aproveitam, pois, para reafirmar o tipo de política que defendem: uma política «baseada no incremento da produção, no emprego e no trabalho com direitos».