Ser neutral é ser cúmplice
O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, acusou Israel de desenvolver uma acção de autêntico «terrorismo de estado para destruir à sua volta a viabilidade do estado da Palestina e de outros».
O assunto esteve em foco na última sessão plenária antes das férias de Verão suscitado por uma declaração política do BE e por um voto do PS apelando «à imediata cessação das hostilidades».
Sobre o Governo recaiu a acusação de estar em silêncio sobre o conflito no Médio Oriente, tendo as bancadas comunista e do BE exigido do Governo que tome uma posição.
«Não há neutralidade nesta matéria que possa valer ao Governo português e à UE», afirmou Bernardino Soares, para quem a «neutralidade é de Pilatos, é lavar as mãos». Depois de criticar o Governo por não assumir «uma posição inequívoca», o presidente da formação comunista condenou ainda esta atitude por, em sua opinião, equivaler a «ser conivente com o que se passa no Médio Oriente, na Palestina e no Líbano».
Ainda que dizendo partilhar de algumas das preocupações expressas, o PS, por intermédio do deputado Vera Jardim, situou-se numa aparente posição de equidistância, afirmando que dos «dois lados há culpas». E apresentou um voto sobre o assunto onde condena, por um lado, «os ataques perpetrados pelo Hezbollah» e, por outro lado, exorta «o governo israelita a usar da maior contenção e a evitar o uso de respostas desproporcionadas no exercício do seu direito à autodefesa».
Este texto, que ignora a trágica dimensão da desumana e criminosa agressão israelita, teve os votos contra do PCP e PEV, os votos favoráveis do PS, PSD e CDS-PP e a abstenção do BE.
Sobre o Governo recaiu a acusação de estar em silêncio sobre o conflito no Médio Oriente, tendo as bancadas comunista e do BE exigido do Governo que tome uma posição.
«Não há neutralidade nesta matéria que possa valer ao Governo português e à UE», afirmou Bernardino Soares, para quem a «neutralidade é de Pilatos, é lavar as mãos». Depois de criticar o Governo por não assumir «uma posição inequívoca», o presidente da formação comunista condenou ainda esta atitude por, em sua opinião, equivaler a «ser conivente com o que se passa no Médio Oriente, na Palestina e no Líbano».
Ainda que dizendo partilhar de algumas das preocupações expressas, o PS, por intermédio do deputado Vera Jardim, situou-se numa aparente posição de equidistância, afirmando que dos «dois lados há culpas». E apresentou um voto sobre o assunto onde condena, por um lado, «os ataques perpetrados pelo Hezbollah» e, por outro lado, exorta «o governo israelita a usar da maior contenção e a evitar o uso de respostas desproporcionadas no exercício do seu direito à autodefesa».
Este texto, que ignora a trágica dimensão da desumana e criminosa agressão israelita, teve os votos contra do PCP e PEV, os votos favoráveis do PS, PSD e CDS-PP e a abstenção do BE.