X Assembleia Concelhia de Beja

Há condições para o reforço do Partido

A preparação da 10.ª assembleia da organização concelhia de Beja do PCP envolveu três centenas de militantes do concelho em dezenas e meia de reuniões. Nestas, foi discutido o projecto de resolução política e foram eleitos os delegados.

É preciso dar maior atenção às novas camadas de assalariados

A 10.ª Assembleia da Organização Concelhia de Beja do PCP decorreu no passado domingo na Casa do Povo da freguesia da Cabeça Gorda, freguesia conquistada pela CDU ao PS nas últimas eleições autárquicas. A mesa que presidiu aos trabalhos era composta por dez membros, entre os quais João Dias Coelho, da Comissão Política.
Miguel Ramalho, membro da Comissão Concelhia cessante, resumiu a actividade do Partido desde 2004, ano em que se realizou a 9.ª Assembleia. Esse período foi caracterizado por um grande esforço na frente eleitoral. No aspecto orgânico - disse - foi possível um trabalho regular da Comissão Concelhia, de dois organismos intermédios e do organismo da Cidade, ao contrário das freguesias rurais onde se têm sentido algumas dificuldades.
Manuel Reis, membro da Direcção da Organização Regional de Beja, afirmou na sua intervenção que «após três décadas de Abril, vive-se mal e sem uma perspectiva animadora para o futuro, o que acabará por impor a necessidade de forçar a interrupção deste caminho, já mil vezes feito, e que nos faz estar na cauda do desenvolvimento com muita dor e sofrimento».
Sobre a luta dos trabalhadores, disse Manuel Reis «que é preciso aumentar a consciência, a capacidade de organização e de luta e dar maior atenção às novas camadas de assalariados de todos os sectores», sendo necessário «encontrar novas formas de resposta a velhos desafios».
Francisco dos Santos, presidente da Câmara de Beja, frisou que a nova vereação tem, forçosamente, um novo estilo. O objectivo da actual equipa é, assegurou, «aproximar o executivo da Câmara aos eleitores».
A nova Comissão Concelhia, eleita pela assembleia, foi alargada, passando de 20 para 38 membros. Quanto à média etária, é inferior.

Cuidar do Partido

Na intervenção de encerramento, João Dias Coelho, da Comissão Política, lembrou que num partido revolucionário, marxista-leninista, como o PCP, «não podemos tratar a questão da organização como uma frente de trabalho». A organização do Partido é, por outro lado, o «instrumento mais valioso» que os trabalhadores têm na luta pela melhoria das suas condições de vida. «É por isso que temos que cuidar do Partido», afirmou o dirigente do PCP.
Lembrando as conclusões do Congresso do Partido e as decisões do Comité Central, Dias Coelho destacou que as «crescentes responsabilidades do Partido no poder local do concelho» exigem um Partido cada vez mais forte e mais ligado ao povo. Sem um Partido forte, coeso e mais ligado às massas, prosseguiu, «não estaremos em condições de assumir nem no tempo presente a luta de resistência contra a política de direita, nem o nosso papel histórico de transformação da sociedade e de construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna».
O dirigente do PCP lembrou o ataque que outros partidos comunistas e progressistas estão a ser vítimas. Em sua opinião, «são sinais preocupantes» que reflectem a «alteração da correlação de forças e as tentativas de domínio imperialista». E lembrou que os protagonistas do ataque ao Partido «não desistem, vão persistir até que interesse ao capital».


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