Desindustrialização na UE

Portugal lidera queda

Portugal foi o país da União Europeia que registou, em Abril, a maior queda da produção industrial (-5,6%), tendência que foi comum à maioria dos restantes estados que adoptaram a moeda única.

Os países da zona euro são os mais afectados pela quebra da produção

A produção industrial da zona euro (excluído o sector da construção) desceu 0,6 por cento, segundo dados do gabinete estatístico da União Europeia (Eurostat), relativos ao mês de Abril, que anulam uma subida equivalente registada no mês anterior.
Para o conjunto da União Europeia, o relatório, divulgado na sexta-feira, 17, assinala uma ligeira descida de apenas 0,1 por cento, mantendo-se um saldo positivo na variação mensal, já que em Março se tinha verificado uma subida de 0,5 por cento.
Em Abril último, entre os Estados-membros para os quais existem dados disponíveis, a produção industrial cresceu em sete países e reduziu-se em 14. Portugal liderou o grupo dos piores resultados, registando uma queda de 5,6 por cento. Seguiram-se a Lituânia com menos cinco por cento, a República Checa, em baixa de 2,4 por cento e a Grécia com uma descida de 2,1 por cento.
As subidas mensais mais acentuadas registaram-se na Irlanda, com mais 7,6 por cento no Luxemburgo, (2%) e na Suécia (1,2 %) e Finlândia (1%).

Comparação anual

Em relação a Abril de 2005, a produção industrial cresceu 1,9 por cento na zona euro, e 2,1 por cento na União Europeia. Este indicador teve uma evolução positiva em 15 Estados-membros e negativa em seis. As subidas mais importantes registaram-se no Luxemburgo (11,6%), Polónia (10,2%) e na Lituânia (9,8%).
Em sentido inverso, Portugal surge mais uma vez com o pior desempenho, apresentando uma baixa na produção de 3,1 por cento, no que foi seguido pela Italia (-2,6%), Grécia (-2%) e pela França (-1,4%).
No que respeita à produção de bens de consumo duráveis, o Eurostat constata uma redução de 0,3 por cento na zona euro e um aumento de 2,3 por cento no conjunto da União Europeia.


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