O Parque Urbano de Ermesinde morreu!

Na última pré-campanha e campanha eleitoral, a coligação PSD/CDS-PP, na Câmara de Ermesinde, prometeu, inúmeras vezes, a concretização de uma nova fase do Parque Urbano de Ermesinde, que seria, desta vez, um «parque radical» dedicado à juventude.
«Mas logo começaram a crescer os já famosos “prédios no parque” por cima de um outro parque, este de estacionamento. Naturalmente, as pessoas começaram a fazer perguntas», denunciam os eleitos da CDU de Valongo, em nota de imprensa, continuando: «Era preciso dourar a pílula, ainda para mais com eleições à porta. Dai que a coligação PSD/CDS-PP e a sua Câmara tenham afirmado que “não senhor, aquilo não eram prédios nenhuns, eram equipamentos para ginásios e para outros serviços públicos», sem fins lucrativos.
Recorde-se que, uns anos antes, ainda no tempo da junta PS, num processo mais que nebuloso, a Câmara PSD/CDS-PP havia recusado autorização para a construção de um novo edifício da autarquia naquele local, então propriedade da junta, dizendo que ali não era para construir nada. Depois de rocambolescos negócios, a Câmara comprou o terreno e depois já foi permitido construir tudo.
Por fim, em plena batalha eleitoral, «lá se fez mais uma inauguração daquela nova fase do “parque” e dos mamarrachos que não tinham fins lucrativos». «Agora, vai-se sabendo de forma mais pública aquilo que os promotores – PSD/CDS-PP e empreiteiros – sabiam há muito e outros – cujo saber é de experiência feito – já suspeitavam: não há “parque radical” nenhum; os prédios têm fins lucrativos e a provar isso lá está o anuncio de “aluga-se”, o parque de estacionamento também não consta que venha a ser de borla, e os dois espaços de terreno vago de um lado e de outro da entrada diz-se que são para mais prédios, mas sem fins lucrativos, já se sabe», denunciam os comunistas.
«Assim se perdeu, em pouco mais de uma década – o tempo do consulado do PSD/CDS-PP na Câmara – a única oportunidade de Ermesinde dispor de um verdadeiro Parque Urbano central, para recreio e descanso dos habitantes, e não aquela caricatura mercantilizada de espaço de lazer que está lá, construído ao sabor dos interesses da minoria do costume», concluem.


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