No Couço

Contra o aumento da idade da reforma

Em campanha pelo Couço, conhecida como a «vila vermelha», pelas suas fortes tradições revolucionárias, Jerónimo de Sousa criticou as declarações do ministro Teixeira dos Santos acerca da sustentabilidade da Segurança Social. Repudiando a ameaça feita pelo ministro – que afirmou poder estar comprometido o pagamento das reformas dentro de dez anos –, o candidato comunista considerou os argumentos apresentados como «terroristas» e acusou o governante de estar a preparar o terreno para aumentar a idade da reforma até aos 68 anos.
Para Jerónimo de Sousa, havendo crescimento económico «aumentará o emprego e aumentará a receita da Segurança Social». E avançou com soluções: «O Estado que pague a dívida à Segurança Social», afirmou, referindo-se à dívida acumulada de dezenas de milhares de milhões de euros que deveriam ter sido, ao longo dos anos, transferidos do Orçamento de Estado para o sistema de Segurança Social.
Em seguida, o candidato lembrou que o ministro do Trabalho e da Solidariedade «já veio corrigir o ministro das Finanças, dizendo que afinal o Governo vai procurar soluções». E criticou: «Primeiro, lança-se o alarme. O ministro mau anuncia o mal, o ministro bom vem depois dizer que há soluções».
Reafirmando a sua oposição à ideia de uma eventual falência do sistema e à abertura aos privados de sectores da Segurança Social, o candidato comunista voltou a propor que as empresas passem a pagar as contribuições em função do lucro e não, como actualmente acontece, do número de trabalhadores. O aumento da idade de reforma é um projecto próprio de quem «não conhece a vida», de quem «nunca trabalhou e conheceu a exploração». É próprio de quem não tem o sentido de justiça social, denunciou. Jerónimo de Sousa criticou Cavaco Silva por este se ter escusado a comentar as declarações do ministro das Finanças. «Ele não é capaz de dizer que está de acordo» com as intenções do Governo, acusou. Face a estas ofensivas, o candidato apelou para a resistência às injustiças por parte da população do Couço, ela mesma uma «terra de resistência».


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