Manter a trapalhada
O PS, acompanhado do PSD e CDS/PP, fechou as portas ao pedido para a não realização dos exames nacionais do 9º ano, previstos para o final deste ano lectivo.
Defendida em projecto de resolução do PCP, esta medida suspensiva foi justificada pela bancada comunista com a necessidade de evitar mais uma asneira que, advertiu, se repercutirá no aumento das taxas de abandono e insucesso escolar.
Ao não suspender a decisão tomada pelo seu antecessor de realizar os exames, perfilhando-a e assumindo-a também como sua, o Governo evidenciou estar de acordo com uma solução que a deputada comunista Luísa Mesquita não hesitou em classificar de verdadeira «aberração» e de ter sido preparada de «forma leviana».
A opção correcta, essa, do ponto de vista do PCP, seria não a realização de exames – cujo objectivo é aumentar a selectividade e a exclusão da frequência do 9.º ano - mas sim a avaliação contínua e formativa.
Contra qualquer suspensão dos exames nacionais, proveniente das bancadas do PS e dos partidos à sua direita, ouviu-se o argumento de que esta seria uma medida «demagógica», comportando uma «visão de
facilitismo do sistema de ensino».
Em defesa dos exames, a bancada socialista invocou ainda a desculpa de que não se deve alterar as regras a meio do jogo. Seria «extemporâneo» e «irresponsável» suspendê-los a poucos meses do final do ano lectivo, argumentaram deputados do PS.
O que não convenceu e motivou acesas críticas da bancada comunista, que se revelou firme na ideia de que o Governo não suspendeu os exames pela simples razão de que «está de acordo com eles», como referiu Luísa Mesquita.
«Os exames não são um processo educativo, são um instrumento de medição e são também um instrumento estratificador do sistema educativo que irá interferir
negativamente no trabalho das escolas, que se entregarão sobretudo à medição do desempenho dos alunos, para satisfação das expectativas da opinião pública, ao mesmo tempo que exacerbam os comportamentos competitivos», sustentou a parlamentar do PCP.
Para a bancada comunista, a realização dos exames do 9.º determinada em despacho de Janeiro último constitui ainda um ataque à autonomia das escolas que PS e PSD dizem defender, bem como aos seus órgãos directivos.
Defendida em projecto de resolução do PCP, esta medida suspensiva foi justificada pela bancada comunista com a necessidade de evitar mais uma asneira que, advertiu, se repercutirá no aumento das taxas de abandono e insucesso escolar.
Ao não suspender a decisão tomada pelo seu antecessor de realizar os exames, perfilhando-a e assumindo-a também como sua, o Governo evidenciou estar de acordo com uma solução que a deputada comunista Luísa Mesquita não hesitou em classificar de verdadeira «aberração» e de ter sido preparada de «forma leviana».
A opção correcta, essa, do ponto de vista do PCP, seria não a realização de exames – cujo objectivo é aumentar a selectividade e a exclusão da frequência do 9.º ano - mas sim a avaliação contínua e formativa.
Contra qualquer suspensão dos exames nacionais, proveniente das bancadas do PS e dos partidos à sua direita, ouviu-se o argumento de que esta seria uma medida «demagógica», comportando uma «visão de
facilitismo do sistema de ensino».
Em defesa dos exames, a bancada socialista invocou ainda a desculpa de que não se deve alterar as regras a meio do jogo. Seria «extemporâneo» e «irresponsável» suspendê-los a poucos meses do final do ano lectivo, argumentaram deputados do PS.
O que não convenceu e motivou acesas críticas da bancada comunista, que se revelou firme na ideia de que o Governo não suspendeu os exames pela simples razão de que «está de acordo com eles», como referiu Luísa Mesquita.
«Os exames não são um processo educativo, são um instrumento de medição e são também um instrumento estratificador do sistema educativo que irá interferir
negativamente no trabalho das escolas, que se entregarão sobretudo à medição do desempenho dos alunos, para satisfação das expectativas da opinião pública, ao mesmo tempo que exacerbam os comportamentos competitivos», sustentou a parlamentar do PCP.
Para a bancada comunista, a realização dos exames do 9.º determinada em despacho de Janeiro último constitui ainda um ataque à autonomia das escolas que PS e PSD dizem defender, bem como aos seus órgãos directivos.