Combater a revisão da História
Jerónimo de Sousa participou, segunda-feira, em Lisboa, numa iniciativa de evocação do 60.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial e alertou para as tentativas de rescrever a História.
O Exército e o povo soviéticos foram os grandes artífices da Vitória
Participando, no dia 9, no Centro de Trabalho Vitória, em Lisboa, numa iniciativa comemorativa dos 60 anos da vitória sobre o nazi-fascismo, Jerónimo de Sousa realçou a importância de recordar esta data, que considera de alto significado. Esta memorável efeméride, afirmou o secretário-geral do PCP, «jamais pode ser esquecida pelos povos que aspiram à liberdade, à democracia, à paz e à independência nacional».
Segundo Jerónimo de Sousa, «sessenta anos depois da vitória sobre o mais odioso dos regimes e a mais ignóbil e sangrenta ditadura, que conduziu o mundo à mais mortífera das guerras é, para nós, comunistas, momento de reflexão e evocação, como o será para todos os outros democratas e antifascistas». E destacou a necessidade de reflectir sobre as causas e factores que levaram à ascensão do fascismo e sobre as condições que permitiram e tornaram possíveis a guerra e a «criminosa tentativa de impor a todo o mundo a “nova ordem” hitleriana contra os trabalhadores e contra os povos». E, sobretudo, evocar para que os «crimes não se repitam e voltem a ensombrar a vida da humanidade».
Mas é também tempo para reflectir e rememorar, afirma o dirigente comunista. Acções sempre necessárias «quando sabemos que sessenta anos são um tempo curto na vida dos povos, mas tempo suficiente para permitir, certos da estreita memória dos homens, operações de adulteração e tentativas de reescrita da História». Para o dirigente comunista, estas falsificações são facilitadas pelas mudanças operadas no mundo na última década, «com a derrota do socialismo na URSS e pela alteração da correlação de forças daí resultante». Esta realidade impõe, afirmou, visões do mundo que têm o objectivo de «desarmar a luta dos povos contra a dominação imperialista que está a conduzir de novo o mundo para a guerra. Adulterações da história favorecidas também por cúmplices silêncios».
O contributo decisivo dos soviéticos
No que considera uma «agitada azáfama dos últimos anos de rescrever a história da Segunda Guerra Mundial», Jerónimo de Sousa identificou alguns propósitos claros. A omissão da origem do surgimento das ditaduras fascistas que precederam a guerra e a sua natureza de classe é um deles, bem como as causas económicas e sociais da guerra e os objectivos imperialista e anti-comunista que a determinavam. Outro ponto da ofensiva ideológica é, para o secretário-geral do PCP, a tentativa de apagar o «papel dos comunistas, do movimento operário e das massas na resistência ao fascismo e na luta contra a guerra, de minimizar o contributo da URSS e povo soviético na derrota da mais negra e odiosa ditadura que o sistema capitalista gerou». Mas há ainda outro: Ocultar os «vergonhosos compromissos e complacência das classes dirigentes europeias e dos seus governos perante os terríveis propósitos do nazismo alemão».
Não negando o contributo da coligação dos países aliados, o PCP não aceita nem pode permitir que se apague da história o «contributo decisivo da URSS, do seu povo e do seu Exército que suportaram o peso fundamental do conflito com 27 milhões de vidas humanas e colossais perdas materiais». Para o secrertário-geral do PCP, o Exército Vermelho e o povo soviético foram os grandes artífices da Vitória, por mais importância que possa ter tido o desembarque da Normandia. Foi na frente Leste, lembrou o dirigente comunista, que «foi arrancada ao exército alemão a iniciativa estratégica, com uma estrondosa e demolidora derrota em batalhas decisivas, que lhes aniquilaram 507 divisões e permitiu passar à ofensiva até Berlim».
Jerónimo de Sousa salientou ainda que nada pode também apagar a «luta heróica da resistência antifascista e patriótica nos países ocupados pelos hitlerianos e do valoroso contributo dos comunistas, milhares e milhares dos quais pagaram com as suas vidas a libertação dos seus povos».
A história não se repete, mas…
Sessenta anos depois do fim da guerra, e da derrota da mais brutal expressão do capitalismo – o nazi-fascismo –, Jerónimo de Sousa lembrou que «nem por isso desapareceram as ambições de domínio mundial das forças mais reaccionárias do grande capital financeiro». Forças estas, afirma, «reforçadas com as suas tentaculares organizações planetárias e com a nova correlação de forças mundial resultante do desaparecimento do Socialismo como sistema mundial».
Lembrando os apoios do grande capital alemão e de muitas transnacionais a Hitler, Jerónimo de Sousa destacou que «sessenta anos passados, o mesmo capital, e as grandes potências que suportam os seus interesses e as suas ambições hegemónicas», continuam a rivalizar pela apropriação dos recursos dos povos, pelo domínio dos mercados e pelo controlo de esferas de influência. E referiu ainda a política de reforço de blocos, os mesmos planos de militarização, «agora da União Europeia que o novo “Tratado Constitucional” assume e reforça e a que se junta a imposição da matriz neoliberal e do capitalismo como única saída para a solução dos problemas dos povos». Sessenta anos passados, destacou Jerónimo de Sousa, a mesma «perigosa banalização da violência, a mesma naturalização dos sentimentos xenófobos e do racismo».
Mas, apesar dos perigos, «comemoramos o Dia da Vitória confiantes na capacidade de resistência e luta das forças organizadas dos trabalhadores e dos povos contra as agressões imperialistas e a ofensiva do grande capital», afirmou o secretário-geral do PCP. Está nas mãos dos trabalhadores e dos povos travar esta ofensiva, destacou.
Segundo Jerónimo de Sousa, «sessenta anos depois da vitória sobre o mais odioso dos regimes e a mais ignóbil e sangrenta ditadura, que conduziu o mundo à mais mortífera das guerras é, para nós, comunistas, momento de reflexão e evocação, como o será para todos os outros democratas e antifascistas». E destacou a necessidade de reflectir sobre as causas e factores que levaram à ascensão do fascismo e sobre as condições que permitiram e tornaram possíveis a guerra e a «criminosa tentativa de impor a todo o mundo a “nova ordem” hitleriana contra os trabalhadores e contra os povos». E, sobretudo, evocar para que os «crimes não se repitam e voltem a ensombrar a vida da humanidade».
Mas é também tempo para reflectir e rememorar, afirma o dirigente comunista. Acções sempre necessárias «quando sabemos que sessenta anos são um tempo curto na vida dos povos, mas tempo suficiente para permitir, certos da estreita memória dos homens, operações de adulteração e tentativas de reescrita da História». Para o dirigente comunista, estas falsificações são facilitadas pelas mudanças operadas no mundo na última década, «com a derrota do socialismo na URSS e pela alteração da correlação de forças daí resultante». Esta realidade impõe, afirmou, visões do mundo que têm o objectivo de «desarmar a luta dos povos contra a dominação imperialista que está a conduzir de novo o mundo para a guerra. Adulterações da história favorecidas também por cúmplices silêncios».
O contributo decisivo dos soviéticos
No que considera uma «agitada azáfama dos últimos anos de rescrever a história da Segunda Guerra Mundial», Jerónimo de Sousa identificou alguns propósitos claros. A omissão da origem do surgimento das ditaduras fascistas que precederam a guerra e a sua natureza de classe é um deles, bem como as causas económicas e sociais da guerra e os objectivos imperialista e anti-comunista que a determinavam. Outro ponto da ofensiva ideológica é, para o secretário-geral do PCP, a tentativa de apagar o «papel dos comunistas, do movimento operário e das massas na resistência ao fascismo e na luta contra a guerra, de minimizar o contributo da URSS e povo soviético na derrota da mais negra e odiosa ditadura que o sistema capitalista gerou». Mas há ainda outro: Ocultar os «vergonhosos compromissos e complacência das classes dirigentes europeias e dos seus governos perante os terríveis propósitos do nazismo alemão».
Não negando o contributo da coligação dos países aliados, o PCP não aceita nem pode permitir que se apague da história o «contributo decisivo da URSS, do seu povo e do seu Exército que suportaram o peso fundamental do conflito com 27 milhões de vidas humanas e colossais perdas materiais». Para o secrertário-geral do PCP, o Exército Vermelho e o povo soviético foram os grandes artífices da Vitória, por mais importância que possa ter tido o desembarque da Normandia. Foi na frente Leste, lembrou o dirigente comunista, que «foi arrancada ao exército alemão a iniciativa estratégica, com uma estrondosa e demolidora derrota em batalhas decisivas, que lhes aniquilaram 507 divisões e permitiu passar à ofensiva até Berlim».
Jerónimo de Sousa salientou ainda que nada pode também apagar a «luta heróica da resistência antifascista e patriótica nos países ocupados pelos hitlerianos e do valoroso contributo dos comunistas, milhares e milhares dos quais pagaram com as suas vidas a libertação dos seus povos».
A história não se repete, mas…
Sessenta anos depois do fim da guerra, e da derrota da mais brutal expressão do capitalismo – o nazi-fascismo –, Jerónimo de Sousa lembrou que «nem por isso desapareceram as ambições de domínio mundial das forças mais reaccionárias do grande capital financeiro». Forças estas, afirma, «reforçadas com as suas tentaculares organizações planetárias e com a nova correlação de forças mundial resultante do desaparecimento do Socialismo como sistema mundial».
Lembrando os apoios do grande capital alemão e de muitas transnacionais a Hitler, Jerónimo de Sousa destacou que «sessenta anos passados, o mesmo capital, e as grandes potências que suportam os seus interesses e as suas ambições hegemónicas», continuam a rivalizar pela apropriação dos recursos dos povos, pelo domínio dos mercados e pelo controlo de esferas de influência. E referiu ainda a política de reforço de blocos, os mesmos planos de militarização, «agora da União Europeia que o novo “Tratado Constitucional” assume e reforça e a que se junta a imposição da matriz neoliberal e do capitalismo como única saída para a solução dos problemas dos povos». Sessenta anos passados, destacou Jerónimo de Sousa, a mesma «perigosa banalização da violência, a mesma naturalização dos sentimentos xenófobos e do racismo».
Mas, apesar dos perigos, «comemoramos o Dia da Vitória confiantes na capacidade de resistência e luta das forças organizadas dos trabalhadores e dos povos contra as agressões imperialistas e a ofensiva do grande capital», afirmou o secretário-geral do PCP. Está nas mãos dos trabalhadores e dos povos travar esta ofensiva, destacou.