Branquear os erros
O relatório sobre os fogos florestais ocorridos em 2003 não reflecte muitos dos depoimentos prestados a título individual ou em nome de entidades ao longo dos trabalhos da Comissão Eventual criada para o efeito.
Em 2003 houve um vazio na coordenação do combate aos fogos
A afirmação é do Grupo Parlamentar que acusa a maioria PSD-CDS/PP de ter estado mais preocupada em «branquear» medidas adoptadas em cima da hora pelo Governo, como foi o caso do processo de fusão do Serviço Nacional de Bombeiros e do Serviço Nacional de Protecção Civil.
A esta denúncia, formulada pelo deputado Rodeia Machado, em nome da bancada comunista, acrescentada foi a preocupação por as medidas anunciadas pelo Governo na prevenção e combate aos incêndios florestais poderem não estar operacionais já no próximo Verão.
Pode ser o caso, advertiu o parlamentar do PCP, da criação efectiva das Comissões Municipais de Defesa da Floresta (que pode estar comprometida entre outras razões pela falta de financiamento», mas também, não menos preocupante, a falta de constituição atempada das brigadas de primeira intervenção e da sua instalação descentralizada, em zonas de risco, bem como a dotação de meios adequados ao combate aos fogos, sem esquecer os guardas florestais e vigias a quem devem ser reforçados os meios de vigilância e combate ao fogo emergente,
Criticada por Rodeia Machado no relatório - que foi aprovado em votação final global, com os votos contra do BE e a abstenção das restantes bancadas da oposição -, foi ainda a omissão imposta pela maioria de direita a outros factores que condicionaram seriamente as acções de combate à verdadeira catástrofe que foram os incêndios em 2003.
Exemplificando, citou a falta de vigias florestais para detectar o fogo nascente, a falta de equipas de sapadores florestais para primeira intervenção, a descoordenação nas estruturas de nível nacional, distrital e local, em paralelo com a intervenção tardia do Governo.
Rodeia Machado, para quem as conclusões extraídas no Relatório não correspondem às expectativas geradas com a formação da Comissão Eventual (proposta, recorde-se, pelo PCP), aludiu ainda, em conclusão, à existência de um «vazio no plano de coordenação das estruturas que operavam no terreno», que foi o resultado, entre outros factores, da forma como foi concretizada a criação do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.
Reiterada pela bancada do PCP foi a posição de que várias foram as causas que concorreram para a vaga de fogos florestais que assolaram o País em 2003.
Rodeia Machado falou de «factores conjunturais» - como os factores climatéricos do Verão passado - mas também de «factores estruturais», elencando, entre outros, a falta de ordenamento da floresta, a sua falta de compartimentação com espécies mais resistentes à progressão dos fogos, a insuficiência de caminhos e aceiros, a localização de pontos de água de fácil acesso e o abandono da floresta em resultado das políticas agrícolas dos sucessivos governos.
A esta denúncia, formulada pelo deputado Rodeia Machado, em nome da bancada comunista, acrescentada foi a preocupação por as medidas anunciadas pelo Governo na prevenção e combate aos incêndios florestais poderem não estar operacionais já no próximo Verão.
Pode ser o caso, advertiu o parlamentar do PCP, da criação efectiva das Comissões Municipais de Defesa da Floresta (que pode estar comprometida entre outras razões pela falta de financiamento», mas também, não menos preocupante, a falta de constituição atempada das brigadas de primeira intervenção e da sua instalação descentralizada, em zonas de risco, bem como a dotação de meios adequados ao combate aos fogos, sem esquecer os guardas florestais e vigias a quem devem ser reforçados os meios de vigilância e combate ao fogo emergente,
Criticada por Rodeia Machado no relatório - que foi aprovado em votação final global, com os votos contra do BE e a abstenção das restantes bancadas da oposição -, foi ainda a omissão imposta pela maioria de direita a outros factores que condicionaram seriamente as acções de combate à verdadeira catástrofe que foram os incêndios em 2003.
Exemplificando, citou a falta de vigias florestais para detectar o fogo nascente, a falta de equipas de sapadores florestais para primeira intervenção, a descoordenação nas estruturas de nível nacional, distrital e local, em paralelo com a intervenção tardia do Governo.
Rodeia Machado, para quem as conclusões extraídas no Relatório não correspondem às expectativas geradas com a formação da Comissão Eventual (proposta, recorde-se, pelo PCP), aludiu ainda, em conclusão, à existência de um «vazio no plano de coordenação das estruturas que operavam no terreno», que foi o resultado, entre outros factores, da forma como foi concretizada a criação do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.
Reiterada pela bancada do PCP foi a posição de que várias foram as causas que concorreram para a vaga de fogos florestais que assolaram o País em 2003.
Rodeia Machado falou de «factores conjunturais» - como os factores climatéricos do Verão passado - mas também de «factores estruturais», elencando, entre outros, a falta de ordenamento da floresta, a sua falta de compartimentação com espécies mais resistentes à progressão dos fogos, a insuficiência de caminhos e aceiros, a localização de pontos de água de fácil acesso e o abandono da floresta em resultado das políticas agrícolas dos sucessivos governos.