Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia apoiaram as propostas dos seus homólogos da Justiça para combater o terrorismo, que prevêem nomeadamente a activação da «cláusula de solidariedade» e a criação do cargo de coordenado anti-terrorista europeu.
Reunidos na segunda-feira para preparar o conselho europeu de chefes de Estado e de governo da UE, que decorre hoje e amanhã em Bruxelas, os responsáveis pela diplomacia discutiram o novo plano contra o terrorismo que irá ser submetido à aprovação da cimeira.
A antecipação da entrada em vigor da «cláusula de solidariedade», prevista no projecto de constituição europeia, obrigará os governos da UE a utilizar todos os meios de que disponham para ajudar um Estado-membro que seja vítima de um ataque terrorista.
A UE prepara-se ainda para criar um organismo que permita o intercâmbio de dados e informações recolhidos pelos serviços secretos, bem como a figura do «coordenador» para a luta contra o terrorismo que ficaria subordinado ao Alto Representante para a Política Exterior e de Segurança Comum, Javier Solana.
O plano prevê ainda a adopção, antes do próximo dia 1 de Maio, da directiva sobre compensações às vítimas de crimes, incluindo o terrorismo, e a inclusão obrigatória nos passaportes dos cidadãos comunitários de dados biométricos.