Milhares celebram 83 anos de combate
De Norte a Sul do País, as organizações do Partido comemoram o 83.º aniversário do PCP com várias iniciativas, reunindo muitos milhares de camaradas.
O aniversário é o momento ideal de reafirmar princípios e convicções
O aniversário do Partido é o momento ideal para reafirmar princípios e reforçar convicções. Foi isso que milhares de camaradas e amigos do Partido fizeram nas muitas centenas de iniciativas comemorativas do 83.º aniversário do PCP, que se realizaram um pouco por todo o País, como se pôde verificar pela agenda publicada nas duas últimas edições do Avante! e das quais destacamos aqui algumas.
Partido ligado à vida e à realidade, a actual situação que se vive no País e no mundo não passou ao lado das comemorações. O ataque aos direitos dos trabalhadores, a degradação e destruição dos serviços públicos, a construção europeia e a crescente agressividade do imperialismo são apenas alguns dos temas que foram abordados nestas iniciativas.
As tarefas partidárias não ficaram esquecidas e apelou-se à participação dos militantes e simpatizantes do PCP na batalha eleitoral de 13 de Junho e na preparação do XVII Congresso do Partido, que se realiza em Novembro.
Em Santarém, Bernardino Soares, da Comissão Política, participou num jantar, que juntou mais de duas centenas de camaradas e amigos do Partido. Na sua intervenção, Bernardino Soares enunciou alguns dos principais combates dos comunistas, nomeadamente a contestação ao pacote laboral e o repúdio pela política seguida na saúde e educação. O membro da Comissão Política apelou ainda ao envolvimento de todos na batalha eleitoral de 13 de Junho, para o Parlamento Europeu.
Jerónimo de Sousa, também da Comissão Política, participou no almoço da organização concelhia de Vila Franca de Xira. O dirigente comunista alertou para as ameaças e perigos patentes na agressividade do imperialismo e para o seguidismo do Governo de Portugal nesta questão. Jerónimo de Sousa denunciou também os ataques aos direitos dos trabalhadores e a privatização de serviços públicos essenciais – nomeadamente a saúde e a educação –, considerando que estas medidas constituem um «ajuste de contas com o 25 de Abril».
Milhares de participações
Em Setúbal, mais de 230 pessoas participaram no jantar que contou com a presença de Ilda Figueiredo, candidata às eleições para o Parlamento Europeu, e de Manuel Valente, do Comité Central. Na sua intervenção, o dirigente destacou o percurso ímpar do PCP na luta dos trabalhadores e do povo, pela liberdade, democracia, justiça social e por um futuro melhor. E lembrou também a luta mais geral do Partido, pela transformação social e pela construção de uma sociedade mais justa e solidária, a sociedade socialista.
«Na continuação das políticas de direita de sucessivos governos anteriores, este governo desencadeia a maior e mais perigosa ofensiva no plano económico, social, político e ideológico contra os trabalhadores e o povo e contra o regime democrático conquistado em 25 de Abril de 1974», afirmou o membro do Comité Central. Para Manuel Valente, não se comemora os 83 anos do PCP apenas para reafirmar o seu passado histórico, mas também para «afirmar o Partido que somos e para o afirmar no futuro».
Em Paredes, João Torres, do Comité Central, evocou o património de luta do Partido e reafirmou o marxismo-leninismo como base ideológica do PCP. João Torres, coordenador da União de Sindicatos do Porto, referiu que «estamos perante o Governo mais reaccionário desde o 25 de Abril» e deu o exemplo da lei dos partidos, que tem como alvo o PCP. As alterações às leis laborais foram também referidas, nomeadamente as mais recentes, tendentes a enfraquecer e condicionar a actividade sindical. O membro do CC acusou ainda o Governo de favorecer os grandes grupos económicos, através das privatizações.
Também no estrangeiro se assinalou a passagem do 83.º aniversário do PCP. A organização na Suíça realizou em Neuchâtel um jantar comemorativo, que juntou 40 camaradas.
Jerónimo de Sousa na Soeiro Pereira Gomes
A actualidade de um projecto revolucionário
No já tradicional almoço de aniversário na sede nacional do Partido, na Soeiro Pereira Gomes, em Lisboa, a intervenção política esteve a cargo de Jerónimo de Sousa. A seguir, publicam-se excertos dessa intervenção.
«Quisemos estar presentes para comemorar o octogésimo terceiro aniversário do nosso Partido. Comemoramo-lo, sem fixismo no passado, mas com orgulho da sua história e da sua luta. Comemoramo-lo, não para fazer prova de vida mas antes numa demonstração da validade e actualidade do seu projecto transformador, emancipador e revolucionário, da sua natureza e identidade. Comemoramo-lo a olhar para o futuro com as inquietações que resultam da situação que vivemos, dos perigos que dela decorrem para os trabalhadores, para o povo e para democracia, inquietação que não vencem nem contradizem a nossa confiança e determinação em prosseguir as nossos combates e as nossas tarefas. (...)
«Num quadro internacional e nacional profundamente adverso às forças revolucionárias e progressistas, quando o capitalismo desencadeia à escala planetária uma ofensiva ideológica, política, económica e social, cultural e militar nova, não nos objectivos e natureza, na nova na sua dimensão e profundidade, quando ainda se sofrem os efeitos, incluindo no nosso imaginário colectivo, da desintegração da URSS e das dramáticas derrotas do socialismo, quando aqui no nosso país os sucessivos governos aplicam as orientações determinadas pelos círculos de decisão do grande capital e da União Europeia, quando aqui no nosso país, no limiar do ano 30º da Revolução de Abril, este governo de direita procede a um ajuste de contas com Abril, as suas conquistas, realizações e transformações e contra as forças políticas e sociais que o protagonizara, quando, como afirmava Marx, as ideias dominantes são as das classes dominantes na imposição de valores do individualismo e do egoísmo, na moldagem de comportamentos, formas de estar, de pensar, de votar, quando confrontadas com um exército de seguidores e defensores do neoliberalismo – políticos, economistas, juristas, jornalistas, analistas – que teorizam sobre a imutabilidade do sistema de exploração capitalista, o fim do comunismo e dos comunistas, o fim da luta de classes, o fim da história, quando dos fautores do conformismo se ouvem vozes apelantes de quem já desistiu ou se instalou, para arrastar-nos e arrastar o Partido, partindo das chamadas “inevitabilidades” e da ideia que o sistema capitalista é perpétuo, juntando a concepção de que não é possível erradicá-lo, quanto muito “civilizá-lo”, quantos de nós às suas inquietações e incertezas não acrescentam a interrogação do valor, do carácter, da natureza da nossa luta e do nosso projecto comunista nesta época que vivemos.»
Uma luta tenaz
«Dizia alguém que “os tempos modernos não vêm duma só vez. Meu avô nasceu numa época moderna, meu neto nasceu numa época antiga”. Olhando para o mundo, analisando a realidade que nos cerca, aligeirando adjectivos e descodificando os reais objectivos do grande capital verificamos que afinal a luta de classes continua a ser uma questão central na nossa época contemporânea. (...)
«E porque é da comemoração do octogésimo terceiro aniversário do PCP que estamos a tratar, do Partido que desde a sua fundação definiu como princípios criar, agir e lutar sob a bandeira do Partido da classe operária e de todos os trabalhadores, que, hoje, como comunistas do nosso tempo, podemos afirmar que a chave do segredo da sua resistência prolongada, do seu papel construtor, da luta tenaz que hoje trava e desenvolve, alicerça-se na matriz ideológica, na ligação às classes trabalhadoras, na identificação com os seus problemas, aspirações, interesses e direitos, ela mesmo fonte de atracção e mobilização doutros militantes oriundos de outros sectores e camadas sociais.»
Reforço do PCP para a mudança
«Quando assistimos às guerras e à barbárie do capitalismo que se abatem sobre povos inteiros em várias partes do globo, quando assistimos à acumulação de fabulosas fortunas por parte de donos de multinacionais que davam e sobravam para erradicar a fome e a doença que vitimam centenas de milhões de seres humanos, particularmente as crianças, da América Latina, de África e da Ásia, quando mesmo aqui nesta União Europeia existem quase 20 milhões de desempregados e 50 milhões de pobres e excluídos, quando grassam chagas sociais dramáticas como a toxicodependência, então mais exigente se torna a nossa solidariedade e luta internacionalista.
«Solidariedade e luta internacionalista que se alicerça na nossa acção e luta no plano nacional.
«Este governo de direita com uma política reaccionária não só segue e aplica no concreto as orientações e decisões ditadas pelo grande capital, como procede ao ajuste de contas com o 25 de Abril, com as suas transformações e realizações, com as forças políticas e sociais que o protagonizaram.
«Mas é contra os trabalhadores, contra os seus direitos que a ofensiva do Governo revela a sua natureza de classe. (...)
«Não nos iludamos com as dissenções, as zangas pessoais ou ódios de estimação que possam existir entre o PSD e o PP. Os grandes grupos económicos e financeiros exigirão que aproveitem a oportunidade para levar por diante e até ao fim o seu caderno de encargos para as suas encomendas.
«Não nos iludamos com a imagem de um PS arrependido das suas políticas de direita.
O reforço do PCP é que pode determinar uma real mudança na situação nacional. (...)
«Temos causas, valores, temos um projecto, ímpares na sociedade portuguesa.
«Tudo faremos, comunistas do nosso tempo, para tomar nas mãos o legado histórico que hoje comemoramos para, agindo agora, olhar para o futuro com aquela inquebrável vontade de construir uma sociedade mais justa e democrática sem perder o rumo e o objectivo da construção do socialismo da nossa pátria. No tempo que for preciso.
«E é por isso que valeu a pena e vale a pena ser comunista, valeu e vale a pena comemorar a história, o presente e o futuro deste Partido da classe operária e de todos os trabalhadores, este Partido Comunista Português!»
Partido ligado à vida e à realidade, a actual situação que se vive no País e no mundo não passou ao lado das comemorações. O ataque aos direitos dos trabalhadores, a degradação e destruição dos serviços públicos, a construção europeia e a crescente agressividade do imperialismo são apenas alguns dos temas que foram abordados nestas iniciativas.
As tarefas partidárias não ficaram esquecidas e apelou-se à participação dos militantes e simpatizantes do PCP na batalha eleitoral de 13 de Junho e na preparação do XVII Congresso do Partido, que se realiza em Novembro.
Em Santarém, Bernardino Soares, da Comissão Política, participou num jantar, que juntou mais de duas centenas de camaradas e amigos do Partido. Na sua intervenção, Bernardino Soares enunciou alguns dos principais combates dos comunistas, nomeadamente a contestação ao pacote laboral e o repúdio pela política seguida na saúde e educação. O membro da Comissão Política apelou ainda ao envolvimento de todos na batalha eleitoral de 13 de Junho, para o Parlamento Europeu.
Jerónimo de Sousa, também da Comissão Política, participou no almoço da organização concelhia de Vila Franca de Xira. O dirigente comunista alertou para as ameaças e perigos patentes na agressividade do imperialismo e para o seguidismo do Governo de Portugal nesta questão. Jerónimo de Sousa denunciou também os ataques aos direitos dos trabalhadores e a privatização de serviços públicos essenciais – nomeadamente a saúde e a educação –, considerando que estas medidas constituem um «ajuste de contas com o 25 de Abril».
Milhares de participações
Em Setúbal, mais de 230 pessoas participaram no jantar que contou com a presença de Ilda Figueiredo, candidata às eleições para o Parlamento Europeu, e de Manuel Valente, do Comité Central. Na sua intervenção, o dirigente destacou o percurso ímpar do PCP na luta dos trabalhadores e do povo, pela liberdade, democracia, justiça social e por um futuro melhor. E lembrou também a luta mais geral do Partido, pela transformação social e pela construção de uma sociedade mais justa e solidária, a sociedade socialista.
«Na continuação das políticas de direita de sucessivos governos anteriores, este governo desencadeia a maior e mais perigosa ofensiva no plano económico, social, político e ideológico contra os trabalhadores e o povo e contra o regime democrático conquistado em 25 de Abril de 1974», afirmou o membro do Comité Central. Para Manuel Valente, não se comemora os 83 anos do PCP apenas para reafirmar o seu passado histórico, mas também para «afirmar o Partido que somos e para o afirmar no futuro».
Em Paredes, João Torres, do Comité Central, evocou o património de luta do Partido e reafirmou o marxismo-leninismo como base ideológica do PCP. João Torres, coordenador da União de Sindicatos do Porto, referiu que «estamos perante o Governo mais reaccionário desde o 25 de Abril» e deu o exemplo da lei dos partidos, que tem como alvo o PCP. As alterações às leis laborais foram também referidas, nomeadamente as mais recentes, tendentes a enfraquecer e condicionar a actividade sindical. O membro do CC acusou ainda o Governo de favorecer os grandes grupos económicos, através das privatizações.
Também no estrangeiro se assinalou a passagem do 83.º aniversário do PCP. A organização na Suíça realizou em Neuchâtel um jantar comemorativo, que juntou 40 camaradas.
Jerónimo de Sousa na Soeiro Pereira Gomes
A actualidade de um projecto revolucionário
No já tradicional almoço de aniversário na sede nacional do Partido, na Soeiro Pereira Gomes, em Lisboa, a intervenção política esteve a cargo de Jerónimo de Sousa. A seguir, publicam-se excertos dessa intervenção.
«Quisemos estar presentes para comemorar o octogésimo terceiro aniversário do nosso Partido. Comemoramo-lo, sem fixismo no passado, mas com orgulho da sua história e da sua luta. Comemoramo-lo, não para fazer prova de vida mas antes numa demonstração da validade e actualidade do seu projecto transformador, emancipador e revolucionário, da sua natureza e identidade. Comemoramo-lo a olhar para o futuro com as inquietações que resultam da situação que vivemos, dos perigos que dela decorrem para os trabalhadores, para o povo e para democracia, inquietação que não vencem nem contradizem a nossa confiança e determinação em prosseguir as nossos combates e as nossas tarefas. (...)
«Num quadro internacional e nacional profundamente adverso às forças revolucionárias e progressistas, quando o capitalismo desencadeia à escala planetária uma ofensiva ideológica, política, económica e social, cultural e militar nova, não nos objectivos e natureza, na nova na sua dimensão e profundidade, quando ainda se sofrem os efeitos, incluindo no nosso imaginário colectivo, da desintegração da URSS e das dramáticas derrotas do socialismo, quando aqui no nosso país os sucessivos governos aplicam as orientações determinadas pelos círculos de decisão do grande capital e da União Europeia, quando aqui no nosso país, no limiar do ano 30º da Revolução de Abril, este governo de direita procede a um ajuste de contas com Abril, as suas conquistas, realizações e transformações e contra as forças políticas e sociais que o protagonizara, quando, como afirmava Marx, as ideias dominantes são as das classes dominantes na imposição de valores do individualismo e do egoísmo, na moldagem de comportamentos, formas de estar, de pensar, de votar, quando confrontadas com um exército de seguidores e defensores do neoliberalismo – políticos, economistas, juristas, jornalistas, analistas – que teorizam sobre a imutabilidade do sistema de exploração capitalista, o fim do comunismo e dos comunistas, o fim da luta de classes, o fim da história, quando dos fautores do conformismo se ouvem vozes apelantes de quem já desistiu ou se instalou, para arrastar-nos e arrastar o Partido, partindo das chamadas “inevitabilidades” e da ideia que o sistema capitalista é perpétuo, juntando a concepção de que não é possível erradicá-lo, quanto muito “civilizá-lo”, quantos de nós às suas inquietações e incertezas não acrescentam a interrogação do valor, do carácter, da natureza da nossa luta e do nosso projecto comunista nesta época que vivemos.»
Uma luta tenaz
«Dizia alguém que “os tempos modernos não vêm duma só vez. Meu avô nasceu numa época moderna, meu neto nasceu numa época antiga”. Olhando para o mundo, analisando a realidade que nos cerca, aligeirando adjectivos e descodificando os reais objectivos do grande capital verificamos que afinal a luta de classes continua a ser uma questão central na nossa época contemporânea. (...)
«E porque é da comemoração do octogésimo terceiro aniversário do PCP que estamos a tratar, do Partido que desde a sua fundação definiu como princípios criar, agir e lutar sob a bandeira do Partido da classe operária e de todos os trabalhadores, que, hoje, como comunistas do nosso tempo, podemos afirmar que a chave do segredo da sua resistência prolongada, do seu papel construtor, da luta tenaz que hoje trava e desenvolve, alicerça-se na matriz ideológica, na ligação às classes trabalhadoras, na identificação com os seus problemas, aspirações, interesses e direitos, ela mesmo fonte de atracção e mobilização doutros militantes oriundos de outros sectores e camadas sociais.»
Reforço do PCP para a mudança
«Quando assistimos às guerras e à barbárie do capitalismo que se abatem sobre povos inteiros em várias partes do globo, quando assistimos à acumulação de fabulosas fortunas por parte de donos de multinacionais que davam e sobravam para erradicar a fome e a doença que vitimam centenas de milhões de seres humanos, particularmente as crianças, da América Latina, de África e da Ásia, quando mesmo aqui nesta União Europeia existem quase 20 milhões de desempregados e 50 milhões de pobres e excluídos, quando grassam chagas sociais dramáticas como a toxicodependência, então mais exigente se torna a nossa solidariedade e luta internacionalista.
«Solidariedade e luta internacionalista que se alicerça na nossa acção e luta no plano nacional.
«Este governo de direita com uma política reaccionária não só segue e aplica no concreto as orientações e decisões ditadas pelo grande capital, como procede ao ajuste de contas com o 25 de Abril, com as suas transformações e realizações, com as forças políticas e sociais que o protagonizaram.
«Mas é contra os trabalhadores, contra os seus direitos que a ofensiva do Governo revela a sua natureza de classe. (...)
«Não nos iludamos com as dissenções, as zangas pessoais ou ódios de estimação que possam existir entre o PSD e o PP. Os grandes grupos económicos e financeiros exigirão que aproveitem a oportunidade para levar por diante e até ao fim o seu caderno de encargos para as suas encomendas.
«Não nos iludamos com a imagem de um PS arrependido das suas políticas de direita.
O reforço do PCP é que pode determinar uma real mudança na situação nacional. (...)
«Temos causas, valores, temos um projecto, ímpares na sociedade portuguesa.
«Tudo faremos, comunistas do nosso tempo, para tomar nas mãos o legado histórico que hoje comemoramos para, agindo agora, olhar para o futuro com aquela inquebrável vontade de construir uma sociedade mais justa e democrática sem perder o rumo e o objectivo da construção do socialismo da nossa pátria. No tempo que for preciso.
«E é por isso que valeu a pena e vale a pena ser comunista, valeu e vale a pena comemorar a história, o presente e o futuro deste Partido da classe operária e de todos os trabalhadores, este Partido Comunista Português!»