«O 25 de Abril foi Revolução»
Em Gaia, Carlos Carvalhas prometeu fazer das comemorações dos 30 anos do 25 de Abril uma jornada de combate contra o Governo de retrocesso.
As eleições de 13 de Junho são boa ocasião para lutar por outra Europa
O PCP teve casa cheia em Gaia na comemoração do 83.º aniversário do Partido. Presente esteve o secretário-geral, Carlos Carvalhas, acompanhado pela candidata comunista às eleições de 13 de Junho, Ilda Figueiredo, e pelo membro da Comissão Política Sérgio Teixeira.
Na sua intervenção, o secretário-geral do PCP repudiou as intenções do Governo «da direita e da extrema-direita», que pretende realizar um programa de comemorações oficiais do 25 de Abril sem o «R» de revolução. Para Carvalhas, o 25 de Abril foi uma Revolução, «é luta e é esperança». O dirigente comunista deixou o compromisso de fazer das comemorações do trigésimo aniversário da Revolução dos Cravos «uma jornada de combate contra este Governo de retrocesso, que conta no seu seio com “homens de mão” das seguradoras privadas e de grandes grupos económicos e com herdeiros políticos do 24 de Abril».
Carlos Carvalhas voltou a reafirmar a necessidade de «derrotar este Governo e esta política o mais depressa possível». Derrotar a política do «desemprego, dos despedimentos colectivos, da precariedade e da recessão». Carlos Carvalhas lembrou que quem paga a factura da política do Governo são os trabalhadores, os desempregados, os reformados, os pequenos e médios empresários.
Lembrando que o Governo fala da necessidade de aumentar a produtividade e competitividade do País, Carvalhas questiona se é «tratando os trabalhadores como peças descartáveis, se é levando para o desemprego operários qualificados, gestores e quadros técnicos que o problema se resolve». E valoriza o facto de centenas de milhar de trabalhadores recusarem o conformismo e continuarem a luta.
O dirigente comunista considera as eleições para o Parlamento Europeu «uma boa ocasião para se escolherem deputados que defendam um outro rumo para a União Europeia e os interesses nacionais e uma oportunidade também para se dizer não a esta política».
«Continuamos a pensar que Portugal não pode continuar a ter uma política de subserviência em relação à União Europeia», destaca Carvalhas realçando também a importância de se combater a Europa do «Directório das Grandes Potências».
Aniversário amargo
Para além dos 83 anos do PCP e dos 30 da Revolução de Abril, Carlos Carvalhas referiu-se ainda a um outro aniversário, este de má memória: os dois anos de governação do PSD-PP. Considerando que o Governo está a fazer propaganda nas suas iniciativas públicas de comemoração, o secretário-geral do PCP desafiou o primeiro-ministro a responder a algumas questões sobre a situação actual do País. Carvalhas quer que Durão Barroso responda «se é verdade ou não que Portugal já está em último lugar do nível de desenvolvimento de todos os países da União Europeia; se é verdade ou não que Portugal tem o maior ritmo de crescimento de desemprego, com cerca de 200 novos desempregados por dia; se é verdade ou não que Portugal tem os mais baixos salários e reformas; se é verdade ou não que Portugal em vez de crescer dois pontos acima da média europeia como prometeu Durão Barroso vai distanciar-se dessa média, pelo menos até 2006».
Os dados estatísticos ajudam a responder a algumas das questões levantadas, destaca o dirigente comunista. Em 2003, a diminuição do PIB foi superior ao esperado e nos primeiros meses deste ano houve uma fraca actividade produtiva geral, a diminuição do investimento e da actividade das obras públicas, para além do encerramento de mais empresas.
Segundo os últimos dados, a indústria «está no vermelho» e o comércio, sobretudo o tradicional, sofre as consequências da falta do poder de compra da maioria das famílias portuguesas, afirma Carvalhas.
Na sua intervenção, o secretário-geral do PCP repudiou as intenções do Governo «da direita e da extrema-direita», que pretende realizar um programa de comemorações oficiais do 25 de Abril sem o «R» de revolução. Para Carvalhas, o 25 de Abril foi uma Revolução, «é luta e é esperança». O dirigente comunista deixou o compromisso de fazer das comemorações do trigésimo aniversário da Revolução dos Cravos «uma jornada de combate contra este Governo de retrocesso, que conta no seu seio com “homens de mão” das seguradoras privadas e de grandes grupos económicos e com herdeiros políticos do 24 de Abril».
Carlos Carvalhas voltou a reafirmar a necessidade de «derrotar este Governo e esta política o mais depressa possível». Derrotar a política do «desemprego, dos despedimentos colectivos, da precariedade e da recessão». Carlos Carvalhas lembrou que quem paga a factura da política do Governo são os trabalhadores, os desempregados, os reformados, os pequenos e médios empresários.
Lembrando que o Governo fala da necessidade de aumentar a produtividade e competitividade do País, Carvalhas questiona se é «tratando os trabalhadores como peças descartáveis, se é levando para o desemprego operários qualificados, gestores e quadros técnicos que o problema se resolve». E valoriza o facto de centenas de milhar de trabalhadores recusarem o conformismo e continuarem a luta.
O dirigente comunista considera as eleições para o Parlamento Europeu «uma boa ocasião para se escolherem deputados que defendam um outro rumo para a União Europeia e os interesses nacionais e uma oportunidade também para se dizer não a esta política».
«Continuamos a pensar que Portugal não pode continuar a ter uma política de subserviência em relação à União Europeia», destaca Carvalhas realçando também a importância de se combater a Europa do «Directório das Grandes Potências».
Aniversário amargo
Para além dos 83 anos do PCP e dos 30 da Revolução de Abril, Carlos Carvalhas referiu-se ainda a um outro aniversário, este de má memória: os dois anos de governação do PSD-PP. Considerando que o Governo está a fazer propaganda nas suas iniciativas públicas de comemoração, o secretário-geral do PCP desafiou o primeiro-ministro a responder a algumas questões sobre a situação actual do País. Carvalhas quer que Durão Barroso responda «se é verdade ou não que Portugal já está em último lugar do nível de desenvolvimento de todos os países da União Europeia; se é verdade ou não que Portugal tem o maior ritmo de crescimento de desemprego, com cerca de 200 novos desempregados por dia; se é verdade ou não que Portugal tem os mais baixos salários e reformas; se é verdade ou não que Portugal em vez de crescer dois pontos acima da média europeia como prometeu Durão Barroso vai distanciar-se dessa média, pelo menos até 2006».
Os dados estatísticos ajudam a responder a algumas das questões levantadas, destaca o dirigente comunista. Em 2003, a diminuição do PIB foi superior ao esperado e nos primeiros meses deste ano houve uma fraca actividade produtiva geral, a diminuição do investimento e da actividade das obras públicas, para além do encerramento de mais empresas.
Segundo os últimos dados, a indústria «está no vermelho» e o comércio, sobretudo o tradicional, sofre as consequências da falta do poder de compra da maioria das famílias portuguesas, afirma Carvalhas.