Manifestação em Ovar
Meia centena de tractores congestionaram, sábado, a cidade de Ovar numa marcha de protesto contra a «invasão» dos produtos lácteos estrangeiros nos hipermercados portugueses.
As grandes superfícies abastecem-se no estrangeiro
A marcha terminou com os produtores a dar pacotes de leite português aos transeuntes que se encontravam junto a um hipermercado de Belmiro de Azevedo. Os responsáveis do protesto acusam os hipermercados de promover a ruína dos produtores de leite nacionais e mostraram-se dispostos a novas acções, incluindo uma marcha sobre Aveiro.
Albino Silva, da Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro (ALDA), organizadora deste protesto, disse, em declarações aos jornalistas, que as grandes cadeias de distribuição estão a exigir «milhares de contos» às cooperativas portuguesas «só para colocar o leite e lacticínios nas prateleiras». «Como a lavoura nacional e as suas estruturas não têm condições financeiras para dar resposta a essas exigências, as grandes superfícies abastecem-se no estrangeiro», acusou.
O dirigente associativo lamentou ainda o «crescente recurso» da grande distribuição às chamadas «marcas brancas», produtos «de origem e qualidade desconhecidas» que são comercializados com a marca dos próprios hipermercados.
As preocupações expressas neste protesto foram apresentadas por escrito ao Presidente da República, primeiro-ministro, ministro de Agricultura e Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas.
Contra a PAC
Entretanto, no domingo, cerca de 130 agricultores, afectos à Federação dos Agricultores do Distrito de Leiria (FADL), reuniram-se para debater a reforma da Política Agrícola Comum (PAC), a Organização Mundial do Comércio (OMC) e os programas Àgris e Ruris.
Durante o encontro, que se realizou no salão da Junta de Freguesia da Torre de Vale, concelho de Ancião, os agricultores qualificaram a reforma da PAC de «muito negativa», sobretudo com as descidas dos preços ao produtor e com o terminar das ajudas de produção.
Foi ainda debatido a desertificação do mundo Rural. «São necessários apoios específicos para que os agricultores possam cultivar os campos contra a desertificação para preservar o ambiente e combater os incêndios, que já estão a ficar no esquecimento», denunciam os agricultores, em nota enviada ao Avante!. Neste sentido, a FADL vai continuar a sua acção de esclarecimento para lembrar que as pequenas e médias explorações agrícolas têm que ter lugar em Portugal.
Albino Silva, da Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro (ALDA), organizadora deste protesto, disse, em declarações aos jornalistas, que as grandes cadeias de distribuição estão a exigir «milhares de contos» às cooperativas portuguesas «só para colocar o leite e lacticínios nas prateleiras». «Como a lavoura nacional e as suas estruturas não têm condições financeiras para dar resposta a essas exigências, as grandes superfícies abastecem-se no estrangeiro», acusou.
O dirigente associativo lamentou ainda o «crescente recurso» da grande distribuição às chamadas «marcas brancas», produtos «de origem e qualidade desconhecidas» que são comercializados com a marca dos próprios hipermercados.
As preocupações expressas neste protesto foram apresentadas por escrito ao Presidente da República, primeiro-ministro, ministro de Agricultura e Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas.
Contra a PAC
Entretanto, no domingo, cerca de 130 agricultores, afectos à Federação dos Agricultores do Distrito de Leiria (FADL), reuniram-se para debater a reforma da Política Agrícola Comum (PAC), a Organização Mundial do Comércio (OMC) e os programas Àgris e Ruris.
Durante o encontro, que se realizou no salão da Junta de Freguesia da Torre de Vale, concelho de Ancião, os agricultores qualificaram a reforma da PAC de «muito negativa», sobretudo com as descidas dos preços ao produtor e com o terminar das ajudas de produção.
Foi ainda debatido a desertificação do mundo Rural. «São necessários apoios específicos para que os agricultores possam cultivar os campos contra a desertificação para preservar o ambiente e combater os incêndios, que já estão a ficar no esquecimento», denunciam os agricultores, em nota enviada ao Avante!. Neste sentido, a FADL vai continuar a sua acção de esclarecimento para lembrar que as pequenas e médias explorações agrícolas têm que ter lugar em Portugal.