Bush aumenta soldados e restringe liberdades

No mesmo dia em que Bush assinou a lei autorizando um orçamento recorde para a Defesa - mais de 400 mil milhões de dólares -, a oposição democrata lançou um duro ataque à administração norte-americana pela sua incapacidade em pôr fim à violência no Iraque.
«Estamos a entrar num momento de crise enorme”, afirmou anteontem o general na reserva Wesley Clark, um dos candidatos à nomeação democrata para a corrida à Casa Branca.
Também o senador democrata Joseph Biden reconheceu que o Iraque é cada vez «menos seguro», devido ao aumento da resistência, e pôs em causa as vantagens da «iraquianização» da ocupação. «A capacidade de um governo no Iraque trabalhar depende directamente da segurança e a segurança não existe agora», disse Biden em declarações ao canal Fox. Segundo o principal membro democrata da Comissão de Relações Externas do Senado, o que faz falta no Iraque é um novo tipo de intervenção militar, com mais forças especiais e unidades especializadas no combate à guerrilha.
Bush, por seu lado, aposta no aumento salarial dos soldados - 4 por cento, em média - e no aumento dos subsídios aos soldados em combate, bem como na restrição das liberdades cívicas.
De acordo com um documento «confidencial» do FBI divulgado pelo «New York Times», as forças policiais norte-americanas estão agora encarregadas de investigar as actividades de grupos e indivíduos que participem em manifestações contra Bush.
A pretexto de evitar «possíveis focos de violência extremista», o FBI recomenda igualmente a investigação de outras actividades, como campanhas de angariação de fundos ou de movimentos pela paz.


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