Sobre-exploração nos Seguros
«As seguradoras têm obtido muito da sua rentabilidade à custa da redução de salários e da sobre-exploração dos seus trabalhadores», acusa o Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins.
Em comunicado aos trabalhadores, o Sinapsa contesta as afirmações patronais acerca de crise, baixa produtividade e problemas de competitividade das empresas. O sindicato afirma que tais argumentos servem para tentar justificar as actualizações salariais «de miséria» durante anos sucessivos, os «atropelos sistemáticos» ao contrato colectivo de trabalho, a retirada de direitos, o aumento de horas de serviço sem remuneração.
São referidos dados do Instituto de Seguros de Portugal, que documentam um aumento do volume de prémios de 4380 para 7717 milhões de euros, entre 1997 e 2001; um aumento do peso do sector no PIB, de 4,90 para 6,58 por cento; um crescimento dos investimentos líquidos, de 13146 para 23038 milhões de euros; a subida do rácio de prémios emitidos face à população, de 0,44 para 0,77.
Enquanto a inflação, naquele quinquénio, cresceu 12,09 por cento, o volume de prémios aumentou 76 por cento. Os salários, por seu turno, foram actualizados em 11,31 por cento.
Para o Sinapsa, estes números mostram que o sector não só é altamente produtivo, como é também competitivo, e que os trabalhadores viram os salários reduzidos, enquanto as seguradoras cresceram muito acima da inflação.
O sindicato apresenta ainda cálculos que evidenciam a degradação do nível de vida: se as actualizações salariais desde 1976 tivessem correspondido unicamente aos valores da inflação, um trabalhador do Nível X na carreira do sector deveria ter hoje um salário de 1373 euros (275 contos), mas recebe 903,60 euros (181 contos); o salário mínimo no sector (estagiário, nível IV) é de 616,50 euros, quando deveria ser superior a 937 euros.
A perda real dos salários é ainda maior, já que «as entidades patronais praticam um total desrespeito pelos horários de trabalho contratualmente consagrados e obrigam os seus trabalhadores a trabalhar durante mais tempo, sem qualquer compensação», salienta o Sinapsa.
Em comunicado aos trabalhadores, o Sinapsa contesta as afirmações patronais acerca de crise, baixa produtividade e problemas de competitividade das empresas. O sindicato afirma que tais argumentos servem para tentar justificar as actualizações salariais «de miséria» durante anos sucessivos, os «atropelos sistemáticos» ao contrato colectivo de trabalho, a retirada de direitos, o aumento de horas de serviço sem remuneração.
São referidos dados do Instituto de Seguros de Portugal, que documentam um aumento do volume de prémios de 4380 para 7717 milhões de euros, entre 1997 e 2001; um aumento do peso do sector no PIB, de 4,90 para 6,58 por cento; um crescimento dos investimentos líquidos, de 13146 para 23038 milhões de euros; a subida do rácio de prémios emitidos face à população, de 0,44 para 0,77.
Enquanto a inflação, naquele quinquénio, cresceu 12,09 por cento, o volume de prémios aumentou 76 por cento. Os salários, por seu turno, foram actualizados em 11,31 por cento.
Para o Sinapsa, estes números mostram que o sector não só é altamente produtivo, como é também competitivo, e que os trabalhadores viram os salários reduzidos, enquanto as seguradoras cresceram muito acima da inflação.
O sindicato apresenta ainda cálculos que evidenciam a degradação do nível de vida: se as actualizações salariais desde 1976 tivessem correspondido unicamente aos valores da inflação, um trabalhador do Nível X na carreira do sector deveria ter hoje um salário de 1373 euros (275 contos), mas recebe 903,60 euros (181 contos); o salário mínimo no sector (estagiário, nível IV) é de 616,50 euros, quando deveria ser superior a 937 euros.
A perda real dos salários é ainda maior, já que «as entidades patronais praticam um total desrespeito pelos horários de trabalho contratualmente consagrados e obrigam os seus trabalhadores a trabalhar durante mais tempo, sem qualquer compensação», salienta o Sinapsa.