Obsessão do poder
A arrogância e obsessão do poder e de se perpetuar no seu exercício é a nota mais evidente deste Congresso do CDS-PP. E é claro o «compromisso total» da extrema direita para concretizar no governo o seu programa fili-fascistoide, de delírio anti-comunista e ajuste de contas com o 25 de Abril.
O cenário de concurso de TV, a passerelle e beija-mão de tias e sinecuras, os convidados marca Fini, a recriação mistificada da «resistência» e da «história» do CDS-PP - com todos os anteriores «líderes» rasurados - e a coreografia encomiástica do «chefe», são em si mesmo significativos e, tudo somado, ilustram devidamente a dimensão ética da coisa.
Mas depois de meses à espera que PPortas se safasse, até ver, do escândalo da Moderna, (por habilidades, conivências e hesitações), releva o momento exacto do Congresso, não para que os delegados eleitos em Fevereiro debatessem o que quer que fosse - que as ideias estavam todas bem acabadas na moção apresentada pelo «chefe» uns dias antes -, mas para a grande operação de imagem de projecção da «importância» «insubstituível» do CDS-PP no Governo, e da «coligação necessária» nas europeias, nas legislativas e nas presidenciais, até 2010.
Ou seja: para que uma qualquer eleição «a solo» não torne de novo o CDS-PP num taxi-partido, vale tudo pelo poder, para manter e garantir o poder, as suas honras, vaidades e prebendas e o serviço e benefício dos grandes interesses.
E, neste quadro, tudo resulta instrumental.
A «nova direcção», que por isso acolheu os boys & girls da «tropa do chefe», vindos dos interesses para o Governo e daí para o CDS-PP, o apelo à filiação de clientelas e adesivos, ou até o Senado (sic) de «figuras ilustres» do tipo Ferreira Torres.
Ou as «dicas» da política, as de PPortas e as que encomendou com o prévio acordo de DBarroso, para forjarem juntos o verso e reverso da mesma moeda, o mal e a caramunha da mesma política - a Constituição a rever para tornar «neutra» pelo CDS, ou para «diminuír a carga histórica» pelo PSD, o empenho na «batalha ideológica» do CDS, para esconder as promessas não cumpridas de ambos, o supra-sumo da hipocrisia do «euro-calmo», para escamotear o euro-caldo da recessão em que o seu fundamentalismo do déficit mergulhou o país, o «patriotismo» retórico de PPortas para que não se fale do avanço do federalismo e do directório das grandes potências.
São assim os «valores e desígnios da direita» - a obsessão do poder e o vale tudo da «tacho-dependência».
O cenário de concurso de TV, a passerelle e beija-mão de tias e sinecuras, os convidados marca Fini, a recriação mistificada da «resistência» e da «história» do CDS-PP - com todos os anteriores «líderes» rasurados - e a coreografia encomiástica do «chefe», são em si mesmo significativos e, tudo somado, ilustram devidamente a dimensão ética da coisa.
Mas depois de meses à espera que PPortas se safasse, até ver, do escândalo da Moderna, (por habilidades, conivências e hesitações), releva o momento exacto do Congresso, não para que os delegados eleitos em Fevereiro debatessem o que quer que fosse - que as ideias estavam todas bem acabadas na moção apresentada pelo «chefe» uns dias antes -, mas para a grande operação de imagem de projecção da «importância» «insubstituível» do CDS-PP no Governo, e da «coligação necessária» nas europeias, nas legislativas e nas presidenciais, até 2010.
Ou seja: para que uma qualquer eleição «a solo» não torne de novo o CDS-PP num taxi-partido, vale tudo pelo poder, para manter e garantir o poder, as suas honras, vaidades e prebendas e o serviço e benefício dos grandes interesses.
E, neste quadro, tudo resulta instrumental.
A «nova direcção», que por isso acolheu os boys & girls da «tropa do chefe», vindos dos interesses para o Governo e daí para o CDS-PP, o apelo à filiação de clientelas e adesivos, ou até o Senado (sic) de «figuras ilustres» do tipo Ferreira Torres.
Ou as «dicas» da política, as de PPortas e as que encomendou com o prévio acordo de DBarroso, para forjarem juntos o verso e reverso da mesma moeda, o mal e a caramunha da mesma política - a Constituição a rever para tornar «neutra» pelo CDS, ou para «diminuír a carga histórica» pelo PSD, o empenho na «batalha ideológica» do CDS, para esconder as promessas não cumpridas de ambos, o supra-sumo da hipocrisia do «euro-calmo», para escamotear o euro-caldo da recessão em que o seu fundamentalismo do déficit mergulhou o país, o «patriotismo» retórico de PPortas para que não se fale do avanço do federalismo e do directório das grandes potências.
São assim os «valores e desígnios da direita» - a obsessão do poder e o vale tudo da «tacho-dependência».