A Assembleia, que elegeu a nova Comissão Concelhia, procedeu ao balanço do trabalho realizado nos últimos quatro anos, analisou a situação política e social e discutiu o Projecto de Resolução Política que, após as várias alterações introduzidas no decurso do debate, foi votada por unanimidade.

Durante os trabalhos, foi ainda apresentada e votada por unanimidade uma moção de apoio à manifestação do próximo sábado, dia 8 de Fevereiro, contra o pacote laboral e o aumento dos bens essenciais, e à manifestação de 15 de Fevereiro, contra a guerra.

Na sequência das decisões do 16º Congresso e do Encontro Nacional do Partido sobre o reforço da intervenção e organização do Partido junto dos trabalhadores, a organização tem vindo a desenvolver no concelho um trabalho de contacto com os militantes, tendo como objectivo o reforço da organização. Realizou este ano três assembleias de organização, nomeadamente das freguesias de Palmela e Pinhal Novo e da célula dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Palmela, e tem perspectivada para 2003 a realização das assembleias da Freguesia da Quinta do Anjo e da Célula dos Trabalhadores da Autoeuropa.

Como resultado do trabalho desenvolvido junto dos trabalhadores das empresas do concelho, durante o período de esclarecimento e mobilização para a greve geral de 10 de Dezembro, houve trabalhadores que se destacaram na direcção e condução das lutas das suas empresas, tendo sido contactados para aderir ao PCP.

Em consequência desta iniciativa, criaram-se comissões para a dinamização de novas células no Parque da Autoeuropa, nomeadamente na Vampro Assentos, Ramel Manutenção, Benoac Portugal e Frans Maas Log. Ou seja, num quadro político complexo e desfavorável, a organização do Partido tem conseguido reforçar-se.

A nova Comissão Concelhia - aprovada por maioria com uma abstenção - é composta por 50 camaradas com uma idade média de 46 anos, 25 dos quais a integram pela primeira vez.

Jorge Pires, membro da Comissão Política, encerrou os trabalhos, com uma intervenção onde abordou a situação política actual e a luta de massas que se impõe.

Creixomil

Também a Assembleia da Organização da Freguesia de Creixomil do PCP reuniu no princípio de Janeiro, no CT de Guimarães, tendo apreciado a actividade do poder local na freguesia ao longo de 2002, a qual se limitou «a tapar alguns buracos e pouco mais».

Em sua opinião, os eleitores e a população estão a perder qualidade de vida, encontrando-se frustrados com a não realização de obras necessárias à freguesia, como é o caso da casa mortuária e da creche ATL, que apenas não estão concretizadas devido a inoperância dos responsáveis autárquicos e governamentais. De facto, apesar de já existir terreno e projecto para a creche ATL, o Governo PSD/PP decidiu não dotar o PIDDAC de verbas para a sua construção. É também devido ao facto de o Governo ter cortado no Orçamento de Estado verbas para o ensino que já não se aquecem as salas de aulas das escolas, como acontece da escola D. Afonso Henriques.

Os comunistas de Creixomil, que no fim da Assembleia elegeram uma nova Comissão de Freguesia, lembram, ainda, quer à Câmara Municipal PS, quer à Junta de Freguesia PSD, outros pontos negativos da freguesia, como sejam, por exemplo, a falta de ligação do saneamento do Ribeiro de Couros ao colector; o estado do pavimento de ruas como as do Alto da Bandeira, Miradouro de Baixo, Moinhos e Rua dos Cuteleiros; o congestionamento do trânsito junto ao hospital ou a falta de parques automóveis.

Todas estas carências, aliadas aos efeitos negativos de uma política governamental «desastrosa», tornam cada vez mais difícil a vida dos creixomilenses, particularmente dos que trabalham, conclui a Assembleia de Creixomil, propondo-se combater e denunciar a política de direita em curso.