Comício em Silves confirma CDU como «a força do povo»
No dia 4, a CDU realizou um jantar-comício em Silvespara a apresentação pública da candidata à presidência da Câmara Municipal (CM), Luísa Conduto, que contou com a participação do Secretário-Geral do PCP.
«Gente séria e honesta, que quer dar continuidade a um projecto ao serviço» de Silves
«Não estamos a apresentar a Luísa como primeira candidata, mas como futura presidente da CM de Silves», assinalou Paulo Raimundo, valorizando toda uma lista de «gente séria e honesta, que quer dar continuidade a um projecto ao serviço, e só, do povo».
«É esta a força do povo de Silves», destacou, referindo-se à CDU, cujos eleitos e candidatos levam, no dia-a-dia, à prática, a marca que caracteriza a Coligação: «trabalho, honestidade, competência».
«É o nosso objectivo de resolver os problemas das populações», assegurou, que garante esta marca à CDU, «força unitária e popular» aberta a «todos os que vierem por bem».
Algarve conta com a CDU
Paulo Raimundo aproveitou a ocassião para valorizar a reposição de freguesias que, em Silves, significará o regresso de quatro autarquias, apenas possível graças à luta das populações e ao empenho do PCP e da CDU.
O dirigente comunista lembrou, no entanto, todas as muitas reivindicações às quais ainda falta dar resposta, e que vão do acesso à habitação, ao aumento de pensões e salários (numa região onde o salário médio é inferior à média nacional), defesa do SNS e da Segurança Social e garantia de que a água é um «bem única e exclusivamente público».
Sobre o Algarve, particularmente afectada pelo turismo, o Secretário-Geral sublinhou que é preciso que a importante receita deste sector seja «distribuída de forma mais justa», contrariando a visão do Algarve (e do País) como um mero «resort turístico».
«Aquilo que verdadeiramente importa é a vida das pessoas», frisou, defendendo, portanto, não só o voto na CDU nas autárquicas como, também, nas legislativas, afirmando o projecto alternativo da Coligação PCP-PEV frente ao «projecto de retrocesso e submissão» da política de direita.
Continuidade no concelho…
Luísa Conduto, que desempenha, actualmente, as funções de vice-presidente da CM de Silves, destacou a gestão da CDU na autarquia algarvia, um caminho de 11 anos ao serviço do concelho.
«O trabalho realizado será, uma vez mais, avaliado pela população», afirmou, recordando o estado de degradação do concelho quando a CDU assumiu a presidência do Município, e que passava não só pelo descontrolo das finanças locais como pela elevada quantidade de perdas de água.
«Hoje, temos uma situação financeira saudável», destacou, vincando, igualmente, que, com a Coligação PCP-PEV, a autarquia deu um «firme combate às perdas de água», sem adoptar a «peregrina ideia de subir os preços ao consumidor, para poupar».
A candidata lembrou, ainda, outras acções positivas da CDU no concelho, como a reabilitação de 177 quilómetros de rede viária (estando, actualmente, 48 empreitadas em concurso público e 23 em execução), a aposta na actividade física e no desporto ou o apoio ao movimento associativo.
...e novo rumo para a região
Por seu lado, Catarina Marques, primeira candidata da CDU no Algarve às legislativas, criticou «um Governo que, para além de maltratar o seu povo, se preparava [antes da dissolução da Assembleia da República] para o agredir ainda mais», de que é exemplo a PPP planeada para o Hospital Central do Algarve.
«Não basta derrotar o Governo, é preciso derrotar a política de direita, venha ela de onde vier», assinalou, apontando soluções como a valorização dos serviços públicos ou a criação de um operador regional de treansporte rodoviário público no Algarve.
A iniciativa foi apresentada por Rosa Palma, presidente cessante da CM de Silves, que destacou a «grande massa» presente no comício, que «dá força e confiança para o trabalho que aí vem», e contou com um momento musical por Verónica Monteiro, que interpretou canções de Zeca Afonso, António Variações, Rádio Macau, entre outros.
Na mesa, além dos oradores, estiveram: os presidentes das juntas de freguesia de gestão CDU; Marco Jóia, da DORAL; Celso Costa, do CC; Jorge Pires, da Comissão Política do CC; e Rui Braga, do Secretariado do CC.