PCP evoca centenário de Carlos Paredes
Um seminário, hoje, e um concerto no dia 21 de Março são duas das iniciativas com que o PCP comemora o centenário de Carlos Paredes, músico, homem e militante comunista.
Carlos Paredes foi militante do PCP e foi preso político
O auditório do Alto dos Moinhos, em Lisboa, acolhe hoje às 18h00 o seminário promovido pelo PCP sobre Carlos Paredes, inserido nas comemorações que têm como lema «O povo e uma guitarra». Participam Luísa Amaro, guitarrista, os musicólogos Ruy Vieira Nery, Hugo Castro e Manuel Deniz Silva, o autor e investigador em música João Carlos Callixto e Jorge Pires, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.
Para o próximo dia 21 de Março, às 21h00, no Fórum Lisboa, está marcado um concerto evocativo. Carlos Paredes elevou a guitarra portuguesa a novos patamares, deixando um património que continua a inspirar. Este concerto será, assim, uma celebração da sua vida, obra e pensamento.
No dia 15, véspera do centenário, o PCP emitiu uma nota onde se afirma que comemorar «cem anos de Carlos Paredes é celebrar o homem, o músico e o militante comunista; é celebrar a sua música como espaço de intervenção política, a sua forma de estar na vida e o seu pensamento, é sobretudo valorizar a vida e a obra de um homem que foi e é um símbolo ímpar da cultura portuguesa e um dos principais responsáveis pela divulgação e popularidade da guitarra portuguesa». Mas é mais do que isso: é também «destacar a humildade, a grandeza na simplicidade, que determinaram o seu percurso e da sua obra, o que contagiou todos aqueles que tiveram o privilégio de o ouvir e estar lado a lado no nosso quotidiano».
A 16 foi divulgada uma saudação do Secretário-Geral do Partido ao «músico genial», «homem generoso» e «militante comunista de toda a vida». Para Paulo Raimundo, a «genialidade e a mestria de Paredes, sendo resultado da sua própria inspiração, não pode ser separada da sua opção militante, da sua opção de compromisso e de ligação à vida e à realidade do povo».