Marcada greve na Super Bock para Veolia negociar salários

Os trabalhadores da Veolia Portugal, que asseguram a operação das centrais de energia e da ETAR, bem como a manutenção dos edifícios na Super Bock Bebidas, em Matosinhos, decidiram três dias de greve.

Já houve melhorias, perante a unidade e a firmeza dos trabalhadores


A convocação da luta, que arrancará às zero horas de segunda-feira, dia 10, cumpre a decisão tomada em plenário de trabalhadores, a 30 de Janeiro, onde foi se «apontou horizontes de luta», perante a atitude patronal, de não aceitar negociar aumentos salariais, e para defesa do caderno reivindicativo – como explicou o SINTAB.

Numa nota à comunicação social, dia 3, o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos acusou a administração da Veolia de permanecer «irredutível na posição de não negociar aumentos salariais». Isto «foi considerado inadmissível pelos trabalhadores», que «executam trabalhos de elevada exigência técnica, bem como de responsabilidades acrescidas, do ponto de vista da perigosidade e penosidade dos materiais e processos envolvidos».

«Além da exigência técnica da função», laboram num regime de turnos rotativos e laboração contínua», frisando o SINTAB que isto sucede «sem que seja sequer conhecido qualquer pedido de autorização para trabalho em laboração contínua por parte da Veolia».

Os trabalhadores reivindicam «salários condizentes com o sector».

No entanto, observou o sindicato da FESAHT/CGTP-IN, «alguns deles foram já “apanhados” pelo salário mínimo que a Veolia considera internamente, de pouco mais de 900 euros mensais».

 

A luta resulta

Uma greve de 24 horas esteve marcada para 6 de Janeiro, mas foi suspensa. A administração tinha-se recusado a reunir com o sindicato, mas acabou por propor uma reunião, «assegurando intenção de corrigir todas as ilegalidades identificadas, bem como abertura para negociar melhorias aos salários e condições de trabalho», como então adiantou o SINTAB.

A mudança da posição patronal ocorreu «já depois da nossa denúncia da tentativa de violar o direito à greve», quando estava patente a firmeza dos trabalhadores e «a sua aprimorada organização para a greve, que teria impactos na operacionalidade da Super Bock».

Desde então, assinalou agora o sindicato, a força demonstrada possibilitou «várias melhorias no que diz respeito à previsibilidade dos horários de trabalho», bem como «a regulamentação de questões pendentes relativas à disponibilidade dos trabalhadores para execução de trabalho suplementar».



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