Altice mudou para MEO mantendo nega nos salários

Os sindicatos da CGTP-IN no Grupo Altice (que, no final do ano, decidiu generalizar a designação institucional MEO) reagiram com indignação à posição da administração nas negociações salariais e reafirmaram que continua válido o conteúdo do Caderno Reivindicativo que apresentaram em Dezembro.

Com um atraso de dois meses, face à obrigação legal, a negociação da revisão do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) começou a 17 de Janeiro. A segunda reunião ocorreu no dia 30, antecedida por uma convocação de urgência, para dia 28, a fim de dar a conhecer a decisão de acabar com a denominação Altice nas empresas da Altice Portugal.

Não se opondo a esta mudança, as organizações representativas dos trabalhadores questionaram os representantes patronais sobre os custos da operação, mas estes nada avançaram. Para o SINTTAV, mostraram-se «talvez comprometidos com a estratégia focada na negociação do ACT, que está a decorrer, com uma contraproposta salarial verdadeiramente vergonhosa».

Na segunda reunião, a MEO SGPS (Grupo MEO) «”reformulou” a sua proposta de forma provocatória», protestou o STT. Num comunicado de dia 31, o sindicato lembrou que, na fundamentação económica da proposta patronal, é referido que houve um crescimento da receita de 31 por cento, entre 2019 e 2024, período em que o EBITDA (resultados antes de descontar juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 19 por cento.

A administração propõe 0,2 por cento nos salários que não tenham aumento superior por via de uma actualização das remunerações mínimas que apresentara no dia 17. Esta, como ressalvaram os sindicatos da CGTP-IN, abrange apenas 180 trabalhadores, com aumentos entre 22 e 46 euros mensais. Para cerca de 6000 trabalhadores, a proposta significa mais dois euros, por cada mil euros que auferem hoje.

O SNTCT questionou «Onde pára o dinheiro que os trabalhadores produzem» e sublinhou ser «necessário que, a partir de cada local de trabalho, os trabalhadores se organizem e mobilizem, para atingir as reivindicações de melhoria dos salários e de todas as remunerações».



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