FNAM exige negociação séria

O Conselho Nacional da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), reunido no Porto, a 1 de Fevereiro, «analisou a situação dos médicos e do Serviço Nacional de Saúde», bem como «a condução do processo negocial iniciado».

Foi decidido manter, até 31 de Março, a greve às horas extraordinárias nos Cuidados de Saúde Primários. Mas a FNAM estará, dia 18 , na reunião convocada pela DGERT (Ministério do Trabalho), para a qual foram chamados representantes do Ministério da Saúde e das entidades públicas e empresariais.

No comunicado que emitiu após a reunião, o Conselho Nacional admitiu que «poderão estar em cima da mesa novas formas de luta, caso o processo negocial não seja consolidado no sentido de uma negociação séria e centrada em soluções reais, que melhorem as retribuições e condições de trabalho dos médicos».

A FNAM continua a questionar «o papel e a estrutura burocrática da Direcção Executiva do SNS», defendendo «um concurso público para escrutínio e selecção de um perfil adequado para cargos de elevada responsabilidade técnica, ao invés de escolhas inadequadas, como se revelou a anterior».

«É evidente a ineficácia da triagem feita por linhas telefónicas, que remetem para médicos de família que não existem», comentou o órgão dirigente, lembrando que, «de modo redundante, casos não urgentes são referenciados para os já sobrecarregados serviços de urgência hospitalares, e os utentes chegam a esperar 30 horas para serem atendidos».

Quanto ao encerramento sistemático dos serviços de urgência da área materno-infantil (a par das deficiências de resposta), a medida vai «continuar a colocar a população em risco, como revelam dados recentes da mortalidade infantil em determinadas regiões».

A propósito de notícias sobre demissões de dirigentes num dos sindicatos federados, a FNAM reafirmou que «não envereda por lutas políticas, lideradas por organizações obscuras, e dedica todas as suas energias na defesa dos médicos, dos utentes e do SNS».



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