Dia de luta nas IPSS
Com uma greve, durante o dia de ontem, e uma concentração, ao final da manhã, junto da sede da confederação patronal do sector, os trabalhadores das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) decidiram fazer deste 22 de Janeiro um dia de luta.
A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) adia a negociação da revisão anual do contrato colectivo de trabalho, mas «não aceitamos este atraso».
A CNIS alega atrasos na celebração dos protocolos de cooperação com o Governo, mas uma e outro «têm de assumir as suas responsabilidades e investir nos trabalhadores das IPSS», como se afirma num comunicado, divulgado pelo CESP/CGTP-IN e subscrito também pela Federação Nacional dos Professores, a Federação dos Sindicatos da Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, o Sindicato dos Profissionais de Farmácia e Paramédicos, o Sindicato dos Fisioterapeutas Portugueses e o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social.
Além do atraso na abertura das negociações, os sindicatos não aceitam que continue a haver quem trabalhe em IPSS há mais de 20 anos e receba pouco mais do que o salário mínimo nacional. Protestam ainda contra a escassez de pessoal, que significa sobrecarga, e avisam que «horários precários e longos reflectem-se directamente nos cuidados prestados».