Acção nacional do PCP também se bate pela habitação

Depois da grande jornada de dia 14, em que se realizaram mais de 250 iniciativas de contacto por todo o País, a acção nacional Aumentar Salários e Pensões, para uma vida melhor continuará a avançar até ao final de Março. Já amanhã, dia 20, realizar-se-á, neste âmbito, uma tribuna pública sobre habitação.

Salários, pensões, serviços públicos, creches e habitação – são estas exigências centrais da acção nacional


O objectivo da acção nacional está longe de ser apenas o de exigir o aumento dos salários e das pensões, independentemente da centralidade que a questão assume. Coloca-se, com a mesma pertinência, a defesa dos serviços públicos, como o SNS, a garantia de creches e ensino pré-escolar gratuitos para todas as crianças e, ao mesmo tempo, a garantia do acesso à habitação como um elemento central e fundamental para a vida do povo, dos trabalhadores e dos jovens portugueses.

Afirma o 65.º artigo da Constituição da República Portuguesa que «todos têm direito, para si e para a sua família,a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar». Os comunistas não aceitam que o Governo favoreça a especulação, que a banca acumule lucros nunca antes vistos e que os grupos do imobiliário continuem a engordar, ao mesmo tempo que milhares de famílias (77 mil) vivem sem condições dignas e que os jovens não se possam emancipar. Daí que a solução, para o PCP, e entre outras medidas, passe por mais habitação pública e pelo controlo dos preços das rendas e das prestações ao banco no crédito à habitação.

É sobre este direito e os motivos pelos quais, passados quase 50 anos, ainda não foi plenamente garantido, que se debruçará o Partido já amanhã, dia 24, na Tribuna Pública sobre Habitação que se realizará junto à Escola Secundária de Santo André, no Barreiro, e que contará com a participação de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP.

O Avante! voltará a abordar esta iniciativa na próxima edição.

 

Para lá do que mostrou o Avante!

O Avante! publicou, na semana passada, um breve apanhado das centenas de acções de contacto que se realizaram no dia 14, mas foi mesmo isso: um breve apanhado. De norte a sul e nas ilhas, os militantes comunistas marcaram presença em centenas de locais de trabalho, escolas, mercados e ruas. Em suma: o PCP esteve onde estão, todos os dias, os trabalhadores, jovens, estudantes e reformados. Mesmo depois do fecho da edição do jornal, as iniciativas continuaram a multiplicar-se, algumas de grande envergadura, como a arruada que calcorreou a Rua de Santa Catarina, no Porto, entrando em contacto com o comércio local e os populares. Um de vários exemplos.

 



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