Secretário-Geral do PCP visitou Museu Nacional Resistência e Liberdade

O Secretário-Geral do PCP esteve, anteontem, no Museu Nacional Resistência e Liberdade, em Peniche, onde estão patentes as exposições «O Segredo de António Dias Lourenço» e «Resistência e Liberdade», já visitadas por cerca de 119 mil pessoas.

Preservar a história e a memória

A visita de Paulo Raimundo foi acompanhada pelo professor João Neves e contou com a participação, entre muitos outros, de José Capucho, do Secretariado do Comité Central do PCP, e de Domingos Abrantes, ex-preso político e dirigente comunista. Iniciou-se pela exposição de longa duração, intitulada «Resistência e Liberdade», que presta homenagem à resistência, múltipla, transversal e heróica do povo português, contra o regime repressivo e ditatorial que subjugou o País durante 48 anos.

Apresenta os diversos movimentos de Resistência, expressos em milhares de pequenas e grandes acções, realizadas por todos os sectores da sociedade e em todos os espaços territoriais reprimidos pelo regime, até culminarem na Revolução de 25 de Abril de 1974.

A «Revolução dos Cravos», como ficou conhecida, «significou o fim da ditadura fascista e a conquista da liberdade e da democracia social, económica e política», lê-se num dos painéis.

Resistência contra o fascismo
«Estamos perante um Museu que representa a luta e a resistência contra o fascismo, mas é também, em si mesmo, uma conquista de Abril», afirmou Paulo Raimundo, salientando a necessidade de «preservar a história e a memória» e «apontar estes exemplos para o futuro, num momento em que no mundo, mas também em Portugal, nos confrontamos com tantos perigos e ameaças à liberdade».

João Neves destacou a importância da fuga, a 3 de Janeiro de 1960, de dez dirigentes e militantes comunistas, entre os quais Álvaro Cunhal, que constitui uma audaciosa acção organizada do PCP e que representou um duro golpe para o regime fascista e o seu aparelho repressivo.

Outro momento crucial foi a espectacular fuga de Dias Lourenço, a 17 de Dezembro de 1954, a partir do «Segredo», que motivou a exposição temporária que ali está patente até 25 de Março deste ano. Na entrada do espaço, as palavras inscritas no poema «Balada do fumo negro» dão forma ao rosto de António Dias Lourenço, que o escreveu.

Lá dentro, desvenda-se um pouco da vida deste resistente antifascista, nascido a 25 de Março de 1915, em Vila Franca de Xira. Tornou-se militante do PCP em 1931 e funcionário em 1942, ano em que passou à clandestinidade e assumiu diversas responsabilidades, antes e depois da Revolução de 1974.

 



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