Problemas na ligação fluvial entre o Seixal e o Cais do Sodré
No encontro com a presidente do Conselho de Administração da Transtejo, o presidente da Câmara do Seixal apresentou o seu protesto pela constante supressão de carreiras que fazem a ligação entre o concelho e Lisboa.
«Muitos utentes com dificuldades em chegar à capital»
Considera o município que é visível que o serviço público desenvolvido pela Transtejo no concelho do Seixal tem sido «deficiente», deixando, devido à constante supressão de carreiras, «muitos utentes com dificuldades em chegar à capital através deste meio de transporte».
Esta redução de carreiras tem originado, consequentemente, uma redução de utilizadores, que procuram alternativas para se deslocarem, entre as quais o transporte individual ou o comboio, sendo visível, neste último, uma sobrelotação que também piora a qualidade das deslocações neste meio de transporte.
«Só no mês de Outubro registou-se a supressão de 89 carreiras fluviais, sendo que a maioria das supressões ficou a dever-se a problemas com o carregamento das baterias dos navios eléctricos», informa o município, em comunicado de 14 de Novembro. Neste documento, o presidente da Câmara, Paulo Silva, refere que que «a autarquia do Seixal não aceita que sejam sempre os utentes do concelho os castigados com as supressões das carreiras», tendo proposto à Transtejo que «haja algumas carreiras, vindas do Barreiro, que passem no Seixal para apanhar utentes, seguindo depois para Lisboa, tendo em conta que a distância entre Barreiro e Seixal é curta, pois parece-nos que esta possibilidade pode minorar o problema das supressões».
Paulo Silva referiu ainda que «até ao momento foram entregues à Transtejo cinco navios eléctricos e todos eles têm apresentado problemas com o sistema de carregamento, sendo estes problemas a maior causa das constantes supressões de carreiras. Da parte da Transtejo foi-me dito que esta situação deve estar resolvida até ao final do ano, com as reparações nos sistemas de carregamento e com a estação de carregamento do Cais de Sodré a funcionar.»