Avançar nos contactos, pelo aumento dos salários e pensões
A organização do PCP na Madeira realizou, nos dias 23 e 19, jornadas de contacto e recolha de assinaturas no quadro da campanha do Partido Aumentar salários e pensões, para uma vida melhor.
Há trabalhadores com décadas na Administração Pública que recebem o salário mínimo
Junto à Estação de Resíduos Sólidos da CMF (Funchal), informou o Partido, realizou-se uma acção de contacto com os trabalhadores, destacando a importância da luta pela valorização dos profissionais da Administração Pública (AP), determinante para a prestação de serviços públicos.
Nesse sentido, o dirigente comunista Ricardo Lume declarou que os «trabalhadores da AP sentem que não são valorizados»: só no decurso desta jornada, exemplificou, contactaram trabalhadores que estão na AP há décadas, e que continuam a ganhar o salário mínimo.
De acordo com o dirigente, trata-se de trabalhadores que «não vêem no seu salário o reconhecimento da sua experiência e da sua formação profissional». Dando um caso concreto, lembrou o custo de um almoço na cantina da Escola Profissional Dr. Francisco Fernandes, de 6,60 euros, quando o subsídio de alimentação é de apenas seis euros.
Ricardo Lume vincou que a «proposta de OE para 2025, no que diz respeito aos trabalhadores da AP, potencia a desvalorização das carreiras e o empobrecimento do País», concluindo que «esta política de baixos salários e desvalorização das carreiras, que leva ao empobrecimento dos trabalhadores, não é uma inevitabilidade».
Também na Madeira, e no quadro da acção nacional do PCP, os comunistas realizaram, no dia 19, uma acção de contacto com a população de Câmara de Lobos, junto ao mercado municipal, denunciando os mais recentes dados sobre a pobreza e exclusão social na região (mais de 72 mil pessoas ao todo, e 17 por cento dos trabalhadores em particular, em risco de pobreza).
Além disso, o PCP frisou que o «empobrecimento, mais do que uma ameaça, é a actual experiência de vida para tanta gente que sente, mês após mês, as consequências concretas da acentuada quebra de rendimentos».
Em todo o País
Também noutras regiões, os militantes e organizações do Partido avançam nas acções de contacto e recolha de assinaturas para o abaixo-assinado no quadro da campanha.
Só nos últimos dias, no distrito do Porto, o Partidorealizou jornadas de contacto junto de reformados e pensionistas no largo do Souto, dos trabalhadores do turno da noite na Rede de Ambiente, e da população de São Cosme, todas em Gondomar.
Da mesma forma, os comunistas da região de Setúbal contactaram os trabalhadores do Fórum Montijo e de uma fábrica alimentar na Moita, bem como a população de Setúbal no Mercado do Livramento, enquanto os militantes do Algarve contactaram os populares na Feira de Santa Iria, em Faro, e no centro de Lagoa.
O aumento dos salários provoca inflação?
Não! Os últimos anos provaram que quando os salários aumentaram (2016-2019) a inflação não cresceu e que, ao contrário, quando os salários estagnaram a inflação foi a maior dos últimos anos.
O texto do abaixo-assinado está disponível em www.pcp.pt/queroassinar.