Bairros de Marvila alertam para o inferno em que vivem milhares de moradores
Os moradores dos lotes 568 e 570 do Bairro do Condado, acompanhados por representantes de outros lotes e em conjunto com as comissões de Moradores (CMM) e de Utentes de Saúde de Marvila (CUSM), realizaram uma acção de protesto, no dia 9 de Outubro, na Praça do Município, para expor a situação verdadeiramente dramática e desumana a que a falta de elevadores, assim como outras carências graves, os obriga a viver.
A iniciativa contou com a presença solidária de João Ferreira, vereador do PCP na Câmara Municipal de Lisboa (CML). A Carlos Moedas, presidente da CML, e a Fernando Angleu, presidente do Conselho de Administração da Gebalis, foi entregue uma exposição que dá conta do «inferno em que vivem milhares de moradores, alguns mesmo num tipo de “campo de concentração”, devido a terem de viver com constantes avarias dos seus elevadores» e/ou «com outros parados e sem qualquer funcionamento durante há muito tempo», muitos «há vários anos».
Por isso exigem a intervenção urgente e eficaz que assegure o essencial de funcionamento dos elevadores dos bairros de Marvila, com prioridade para as situações mais degradantes e carentes; a substituição a médio prazo destes equipamentos, como única solução capaz e mais económica; a resolução das infiltrações das chuvas, das humidades e bolor nas casas, assim como a sua requalificação interior e das zonas comuns; atribuição às famílias que delas carecem, das muitas casas municipais fechadas.
Protesto sonoro
Entretanto, no mesmo dia, em seis locais da cidade teve lugar um protesto sonoro, em simultâneo, por uma cidade «para viver e visitar» e contra o «turismo descontrolado», convocado através do manifesto «Por Lisboa, faz-te ouvir!» e pelo movimento Porta a Porta.