O deputado do PCP na Assembleia da República, Alfredo Maia, visitou, no dia 24, as zonas afectadas pelos incêndios em Gondomar. Sublinhando a solidariedade dos comunistas com as populações atingidas e destacando o importante papel de todas as forças envolvidas no combate aos fogos, o eleito confirmou no terreno impactos muito significativos e a destruição de amplas áreas do território.

Sem negar as possíveis origens criminosas e acidentais, que devem ser apuradas e tratadas no quadro legal em vigor, e rejeitando linhas de acusação à pequena e média agricultura, os comunistas afirmam que a brutalidade da dimensão dos incêndios florestais não pode ser desligada das opções erradas de sucessivos governos. Opções que ignoram relatórios e propostas de várias comissões técnicas criadas ao longo dos anos, dos atrasos do cadastro florestal, do abandono da pequena agricultura e da captura das florestas em troca dos interesses dos grupos económicos das celuloses e da madeira, do esvaziamento dos serviços florestais do Estado de quadros e meios ou da não constituição de sapadores florestais.

O PCP assume como essencial e urgente a garantia de apoios às corporações de bombeiros e à reconstrução de bens destruídos ou atingidos, com particular atenção ao restabelecimento do potencial produtivo na agricultura e indústria, assim como a retirada da madeira, de forma a impedir a especulação e garantir preços justos.

João Oliveira em Viseu
João Oliveira, deputado do PCP no Parlamento Europeu (PE), também esteve em contacto com a população, as autarquias, bombeiros e outras entidades do distrito de Viseu. O eleito salientou na ocasião que é preciso contrariar o abandono do Interior e de actividades económicas como a agricultura, da exploração florestal e da agropecuária.

Ao plano do PE, o deputado garantiu que o PCP irá continuar a intervir para dar resposta ao problema dos fogos florestais, tendo como prioridades, neste momento, a mobilização de fundos europeus para a compensação de danos e na busca de novas formas de prevenção.