Israelitas continuam a massacrar na Faixa de Gaza e na Cisjordânia
Torpedeadas por Israel e EUA as negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, prosseguem os ataques israelitas nos territórios palestinianos ocupados. Em 11 meses e meio, a agressão já provocou mais de 136 mil mortos e feridos palestinianos, além dos milhares de desaparecidos e detidos.
Em 11 meses, a agressão israelita causou mais de 41 mil mortos e 95 mil feridos palestinianos
Pelo menos 18 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, na segunda-feira, 16, em resultado de novos bombardeamentos israelitas contra diversas zonas da Faixa de Gaza.
A sociedade palestiniana Crescente Vermelho revelou a existência de vítimas mortais causadas por um ataque a uma granja avícola na cidade de Rafah, no sul, a qual desde Maio é o epicentro de uma ofensiva terrestre das forças ocupantes. Segundo imagens de televisões regionais, essa cidade sofreu severos danos desde então: bairros inteiros desapareceram, em especial os próximos da fronteira com o Egipto, que foram demolidos pelo exército israelita.
A agência de notícias Wafa assinalou que, no mesmo dia, outros seis cidadãos, incluindo uma mulher e dois menores, morreram e diversos outros sofreram ferimentos em consequência de um ataque de aviões militares contra um edifício residencial situado no bairro de Al-Zaytoun, na cidade de Gaza, no Norte.
Também foram reportados 10 mortos e pelo menos 15 feridos, vítimas de bombardeamentos de artilharia contra o campo de refugiados de Nuseirat.
Mais de 41 mil palestinianos foram mortos e 95 mil feridos pelos ataques israelitas contra o território costeiro desde o início do actual ciclo de violência, em Outubro de 2023. As autoridades palestinianas estimam que haja mais milhares de vítimas soterradas sob os escombros de cidades e aldeias, cujos corpos não foram até agora resgatados devido à falta de equipamentos e combustível e aos continuados ataques militares israelitas.
Ataques na Cisjordânia
O exército de Telavive continua as suas operações na Cisjordânia ocupada, cercando e assaltando cidades e povoados palestinianos.
Um ataque com um drone israelita, na cidade de Tubas, matou pelo menos cinco pessoas, entre as quais o miliciano Said Abu Dawas, um dos comandantes do Batalhão Tubas, da resistência palestiniana.
Como parte das suas operações diárias na Margem Ocidental, os israelitas assaltaram na madrugada de segunda-feira, 16, o campo de refugiados de Aqabat Jabr, ao sul de Jericó, onde detiveram três pessoas. Ao mesmo tempo, prenderam outros três palestinianos durante uma incursão no campo de refugiados de Dheisheh, na região de Belém. Por outro lado, dois jovens foram presos nas aldeias cisjordanas de Ras Karkar e Ni’lin.
O Gabinete para a Coordenação de Assuntos Humanitários denunciou na semana passada que as forças de segurança e os colonos israelitas mataram 772 palestinianos e feriram 14.632 na Cisjordânia desde começos de 2023 até 31 de Julho deste ano. Nesse período, foram demolidas 2107 estruturas árabes neste território ocupado, incluindo Jerusalém Oriental. Em resultado desta política criminosa israelita, mais de 6200 cidadãos foram forçados a abandonar as suas casas, entre eles 2771 menores de idade.