O tufão Yagi provocou pelo menos 281 mortos e 67 desaparecidos na sua passagem pelo Vietname, na semana passada, além de elevados estragos materiais.

Dados oficiais indicam que, naquele país, o devastador furacão causou também 1921 feridos, danificou cerca de 232 mil habitações e afectou seriamente 190 mil hectares de arrozais, quase 48 mil hectares de outras culturas e 32 mil hectares de árvores de fruta. Além disso, 3269 gaiolas de piscicultura foram destruídas ou arrastadas pelas águas e mais de 2,6 milhões de aves de capoeira e gado morreram.

Por outra parte, um sem número de estabelecimentos comerciais, escritórios e escolas ficaram sem tecto e sofreram danos, numerosos postes de electricidade e telecomunicações e torres de rede móvel foram derrubados e dezenas de milhares de árvores em zonas urbanas foram arrancadas ou quebradas.

Também se produziram cortes generalizados de electricidade e interrupções das comunicações em Quang Ninh, Hai Phong, Thai Binh, Hau Duong e Hanói.

O governo vietnamita informou, no quadro das medidas urgentes no sentido de superar as consequências do furacão, que o exército, a polícia e as forças de resposta a desastres naturais conduziram, durante a tormenta, 51 319 barcos, veículos pesqueiros e navios de transporte para refúgios seguros. Organizaram, ademais, a evacuação de 52 979 pessoas em explorações piscícolas, torres de vigilância da aquicultura e casas frágeis e realojaram 74 526 famílias com 130 246 pessoas, transferindo-as de áreas propensas a inundações para locais seguros.

O exército mobilizou 438 275 efectivos e 6 642 veículos para responder ao furacão e outros 107 911 efectivos e 2142 veículos para fazer frente a inundações e deslizamentos de terras. Além disso, mais de 150 mil polícias e soldados participam em trabalhos de resposta e recuperação após a passagem do Yagi.

As autoridades locais, as equipas de resposta a desastres, as organizações juvenis e outras forças também foram mobilizadas para responder às consequências da catástrofe. Por sua parte, os comités do Partido e as autoridades locais dirigiram eficazmente os esforços de comunicação, proporcionando informação oportuna sobre a evolução da tormenta e as inundações, assim como as instruções do governo e das agências especializadas que asseguram uma resposta pro-activa aos desastres naturais.

O primeiro-ministro do Vietname, Pham Minh Chinh, afirmou que a solidariedade, a liderança do Partido Comunista do Vietname, o povo e as suas heróicas tradições, o apoio das forças armadas e policiais, e a resiliência e auto-suficiência da nação permitirão ao país superar as dificuldades derivadas da passagem do furacão.

Condolências do PCP aos comunistas vietnamitas

O PCP enviou ao Partido Comunista do Vietname, no dia 13, a seguinte mensagem de condolências e solidariedade:

«Tendo tomado conhecimento das consequências do furacão Yagi, que afectou vários países da vossa região, em particular o Vietname, deixando um rasto de destruição e causando mais de duzentas mortes e mais de uma centena de pessoas desaparecidas no vosso país, queremos expressar-vos, neste momento triste e doloroso, as nossas mais sentidas condolências e a solidariedade dos comunistas portugueses para com as vítimas, as suas famílias, as populações atingidas por esta catástrofe e, em geral, todo o povo vietnamita.

Ao expressarmos a solidariedade do Partido Comunista Português, estamos certos de que o povo vietnamita, com os seus valores profundamente humanistas e revolucionários, superará este trágico acontecimento da melhor e mais rápida forma possível.»