PCP reafirma defesa de nova política desportiva

Após mais uma edição dos Jogos Olímpicos e em véspera de Jogos Paralímpicos, o PCP reiterou, numa nota de dia 22, a necessidade de uma consideração e avaliação que permita discutir e agir no plano do desporto e aspectos da política desportiva nacional.

Portugal dedica uma das mais baixas verbas para a preparação da sua equipa olímpica

O PCP começa por saudar a Comitiva Portuguesa aos Jogos Olímpicos de Paris, com uma justa valorização dos 73 atletas e das suas respectivas equipas de apoio técnico. Apesar dos resultados obtidos, que, com o valor que têm, merecerem uma justa saudação, é sabido que resultam de um «inquestionável esforço e dedicação dos atletas, das suas famílias, clubes e equipas técnicas, num plano de participação em condições profundamente desiguais face a outros países», lê-se na nota.

«Não é possível iludir que Portugal dedica para a preparação da sua equipa olímpica uma das mais baixas verbas dos países europeus, comparando-a com países de idêntica dimensão e situação sócio-económica», afirma-se ainda. Pelo contrário, na área do desporto o que se verifica é uma realidade em que a Educação Física se mantém como uma disciplina subvalorizada; onde o Desporto Escolar continua a ter 80 por cento de alunos afastados; onde o desporto para pessoas com deficiência é reservado a uma minoria e não dispõe de meios financeiros e técnicos adequados; onde faltam apoios justos e necessários ao movimento associativo e onde a resposta de medicina desportiva é insuficiente e desligada da política nacional de saúde.

Para inverter esta situação, há muito que o PCP tem vindo a propor um conjunto de medidas para uma política alternativa para o Desporto em Portugal, entre as quais se destacam: o reconhecimento do Desporto como um dos vectores da democracia cultural associando-lhe meios e condições financeiras; o alargamento do Desporto Escolar; a materialização da Educação Física ao longo de toda a escolaridade; investimento público, dotando as federações desportivas de mais meios; o reconhecimento das funções insubstituíveis dos clubes desportivos e do movimento associativo popular; a revogação do regime jurídico das federações desportivas; a salvaguarda dos direitos dos praticantes profissionais; a concretização de uma carta desportiva nacional que contribua para a criação de uma rede de infra-estruturas adequadas às necessidades da Educação Física e do Desporto no País.

As restantes medidas, e a nota do Partido na íntegra, podem ser consultadas em www.pcp.pt.



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