Luta dos professores compensa, mas continua
Em reacção ao decreto-lei para a recuperação do tempo de serviço dos professores, a FENPROF avançou com diversas reservas quanto ao tratamento discriminatório de milhares de profissionais. A federação lembrou os 13 400 que nada irão recuperar, os muitos que recuperarão apenas parte do tempo e aqueles que, tendo perdido tempo para não ficarem retidos nas listas de vagas, não recuperam o que perderam para graduação na lista. A FENPROF destacou, ainda, que este diploma não foi conseguido por qualquer acordo, mas pela luta no sector.
Dúvidas
No dia 15, em comentário aos resultados dos concursos de professores e educadores, a FENPROF considerou positivos alguns aspectos do processo, como o número de vagas ou o seu carácter nacional.
No entanto, colocou diversas ressalvas importantes: as mais de 5000 vagas que ficaram «desertas», e que provam que a falta de professores não é conjuntural, mas estrutural; dúvidas quanto à forma como decorrerá a fase de mobilidade interna e contratação; ou se os docentes colocados em determinadas escolas ou agrupamentos aí permanecerão ou serão obrigados a deslocar-se para outros estabelecimentos.
Parados na carreira
Os professores da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra estão em greve às avaliações desde dia 5 de Junho, tendo aprovado, no dia 15 de Julho, continuar a luta, pelo menos, até 2 de Agosto.
Em causa, informou o SPRC, está a falta de respostas do Governo quanto ao necessário descongelamento das carreiras, fruto de um estatuto injusto.