Juventude CDU em defesa da igualdade
Atrasos nos vistos, poucas residências, propinas e barreiras linguísticas foram problemas levantados por estudantes oriundos de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), na sessão da Juventude CDU «Vencer discriminações. Avançar pelo Ensino de Abril», na Associação Caboverdeana, Lisboa, no dia 23.
A estes, o primeiro candidato João Oliveira respondeu que nada se resolve sem trabalhar em unidade, contra quem «procura dividir o povo em segmentos».
«Algumas instituições de Ensino Superior (ES) em Portugal olham para os estudantes estrangeiros não com a perspectiva do estreitamento de laços com outros povos», lembrou, mas como «solução imediata de problemas financeiros». Essa «não é a perspectiva da cooperação», afirmou, defendendo que Portugal não pode continuar a afunilar as suas relações na UE, e que algumas das dificuldades poderiam ser resolvidas no quadro de relações bilaterais com os PALOP.
Na sessão, apresentada pela dirigente associativa Inês Jorge, estiveram João Ferreira, da Comissão Política (que recordou a aposta da UE em mercantilizar o ES), o dirigente da JCP André Marques (que lembrou as imposições da UE também no ES) e o candidato Rafael Plowden (que valorizou o princípio constitucional da igualdade).
Também marcaram presença a Juventude Africana Amílcar Cabral, a Juventude do MPLA e organizações de estudantes africanos.
Já na manhã de segunda-feira, 27, João Oliveira, acompanhado pelas também candidatas Mariana Silva, Seyne Torres e Marta Parente, esteve no centro da Amadora, a participar num desfile da CDU. Ali falou-se sobretudo de imigração e dos direitos que urge ampliar a quem escolheu Portugal para viver e trabalhar. Só a unidade de todos os trabalhadores pode travar as intenções daqueles que, procurando dividir com base em nacionalidade ou etnia, visam assim aumentar a exploração de todos.