Cuba denuncia hostilidade dos EUA
O ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodríguez, agradeceu os pronunciamentos de numerosos países, que rejeitam a injusta e inaceitável inclusão de Cuba na lista unilateral e arbitrária dos EUA de países que supostamente «patrocinam o terrorismo».
O povo cubano tem sido vítima do terrorismo, incluindo o terrorismo de Estado
O responsável da diplomacia cubana afirmou que esses países exortam a administração norte-americana a retirar Cuba desta arbitrária lista pelas consequências que a sua inclusão tem para o objectivo da premeditada degradação das condições de vida do povo cubano. «Cuba não patrocina o terrorismo. Isso é reconhecido pela comunidade internacional e os EUA sabem disso», escreveu Bruno Rodríguez. Acrescentou que «o povo cubano, ao longo dos últimos 65 anos, tem sido vítima do terrorismo, incluindo o terrorismo de Estado, empregado como arma para destruir a sua Revolução».
No passado dia 15, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, retirou Cuba de uma lista de países que, alegadamente e segundo os EUA, «não cooperam plenamente» na luta contra o terrorismo. Contudo, paradoxalmente, o país caribenho é mantido na lista elaborada por Washington de alegados «patrocinadores do terrorismo».
Bruno Rodríguez destacou que os EUA «acabam de admitir o que é sabido por todos: que Cuba colabora plenamente com os esforços contra o terrorismo». E mais: os EUA «deveriam cessar toda a manipulação política do tema e pôr fim à inclusão arbitrária e injusta de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo».
Cuba foi incluída pela primeira vez nessa lista infame em 1982, durante a administração do presidente Ronald Regan, mas em 2015 o então presidente Barack Obama disse que essa designação não era válida para o caso de Cuba e retirou-a. Contudo, em 12 de Janeiro de 2021, dias antes de terminar o seu mandato, Donald Trump deixou como herança a Joe Biden a (re)inclusão de Cuba nessa cínica lista, situação que o actual ocupante da Casa Branca mantém, apesar da exigência internacional para que rectifique tal posição.