Dando continuidade à campanha nacional do Partido intitulada «Basta de conversa! Aumentar salários e pensões», o PCP promoveu, na Madeira, um conjunto de acções de contacto com trabalhadores dos sectores público e privado. No final da jornada, junto a uma grande superfície comercial no Funchal, o membro do Comité Central Ricardo Lume enfatizou que os avanços tecnológicos e o aumento da produtividade permitem fixar horários e organizar o trabalho sem penalizar os trabalhadores.

Nesse sentido, contestou a manutenção de regimes laborais que penalizam, sem justificação, a conciliação da vida profissional com a familiar e pessoal, situação cada vez mais grave e recorrente que afecta, com particular crueldade, «crianças que crescem privadas de tempo de qualidade com os seus pais».

OPCP defende, por isso, a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais para todos os trabalhadores; a limitação do trabalho nocturno e por turno a situações devidamente justificadas; a fixação do trabalho nocturno entre as 20h00 e as 07h00 e de um valor mínimo do subsídio de turno em 25% do valor do salário; a dispensa de trabalho por turnos a grávidas e mães com filhos menores de idade; a antecipação da idade de reforma para o regime de trabalho por turno; o direito a sair do regime de turnos, passando para horário diurno, após 20 anos de trabalho neste regime ou 55 anos de idade, recordou, ainda, Ricardo Lume.