Confirmada greve dos médicos em Agosto

A Federação Nacional dos Médicos confirmou na segunda-feira a realização da greve marcada para 1 e 2 de Agosto, observando que, «até à data, o Ministério da Saúde apenas propôs por escrito perda de direitos», «sem apresentar propostas para a Saúde Pública e os médicos internos».

Numa nota, emitida pela sua Comissão Executiva, a federação manteve também «o protesto que passa pela manifestação da indisponibilidade para realização de horas extraordinárias, a partir das 150 horas anuais».

A reunião que teve lugar no dia 21 «mais não foi do que um simulacro destinado a ludibriar a comunidade médica e manipular a opinião pública». Nesse mesmo dia, a FNAM desmentiu declarações do ministro no Parlamento (debate do estado da Nação) e na comunicação social, contrapondo que as condições das Unidades de Saúde Familiar de modelo B não se vão generalizar. O Ministério «propõe, na verdade, a generalização de um modelo “B” de barato, com condições inferiores e que não estão capazes de servir os utentes, nem de resolver a falta de médicos de família».

Ao pretender limitar o descanso compensatório após trabalho nocturno (uma medida que, «além de gravosa para os médicos, coloca a segurança dos doentes em risco»), o Ministério vem «agravar a realidade», «ao invés de discutir a melhoria de condições para os médicos hospitalares. Já os médicos de Saúde Pública «continuam a ser ignorados, sem que o MS apresente qualquer proposta».

Mantendo as críticas severas ao comportamento do Governo nas negociações com os sindicatos, a FNAM declarou que comparecerá na reunião convocada para amanhã, se do Ministério chegar antes uma proposta por escrito, como é imposição legal. Mesmo assim, se ocorrer «mais um simulacro, onde apenas nos confrontam com o “posso, quero e mando” a que nos têm habituado», «não teremos outra alternativa do que manter e aprofundar as formas de luta necessárias para salvar o futuro do SNS».

 



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