Aumento dos salários é urgência e progresso

Direitos dos trabalhadores e desenvolvimento económico foi o mote para uma sessão pública em Viana do Castelo, no sábado, 8, promovida pela Organização Regional do PCP.

Distribuir melhor a riqueza criada é parte da luta contra a exploração

Na iniciativa participou e interveio Jerónimo de Sousa, membro do Comité Central do PCP, que partilhou o período de intervenções da mesa como Augusto Silva, também membro do CC e dirigente Sindical, a quem coube denunciar as principais linhas de ataque aos trabalhadores em curso e o conteúdo da chamada agenda do trabalho digno.

Seguiram-se intervenções que expuseram a situação de diferentes sectores de actividade com relevo na região, vivos testemunhos das consequências do aumento do custo de vida, dos baixos salários, da proliferação de vínculos precários e da desregulação dos horários de trabalho.

Jerónimo de Sousa, por seu lado, começou por salientar como central o aumento geral dos salários: na luta contra a exploração, pela emancipação dos trabalhadores, por uma política alternativa essencial ao futuro do País. Questão de crucial actualidade num contexto de aumento brutal dos preços, em que se exige o controlo e redução destes e não medidas como o IVA zero, cujo efeito é nulo para quem trabalha.

A urgência está, por isso, na reposição do poder de compra, através do aumento dos salários, insistiu o dirigente comunista, para quem tal medida faria, no imediato, alguma justiça na distribuição da riqueza criada entre o Trabalho e o Capital, permitiria a melhoria das condições de vida das camadas populares, contribuiria para fixar as novas gerações no País e teria reflexos fortalecimento da Segurança Social e nos meios disponíveis para o investimento público e o desenvolvimento nacional.

 

O papel indispensável do PCP

Jerónimo de Sousa dedicou, ainda, algumas palavras ao papel indispensável e insubstituível do PCP na luta por um Portugal de progresso para a maioria do povo.

Perante os projectos de alternância que visam substituir PS por PSD (com ou sem o CDS e os seus sucedâneos Chega e IL), ou por outras falsas saídas, para onde procuram empurrar o povo português, o papel do PCP, enquanto força portadora e dinamizadora da política alternativa, emerge com grande actualidade, assinalou.

Um papel que se expressa na sua afirmação própria, na dinamização da luta de massas e na acção para promover a convergência dos democratas e patriotas, acrescentou o dirigente comunista, para quem se pode conjecturar múltiplos cenários, mas sem o reforço do PCP, as aspirações de mudança, a uma vida melhor que percorrem a sociedade portuguesa, não se concretizarão.

O PCP, a sua afirmação e reforço; com a sua identidade, o seu projecto, o seu programa, a política alternativa que protagoniza, o seu compromisso com os trabalhadores, o povo e o País, sejam quais forem as circunstâncias; a sua coragem política, consistência e determinação, não podem ser diluídos e são elemento decisivo do caminho que Portugal precisa, referiu igualmente Jerónimo de Sousa, antes de lembrar que o ataque e a campanha contra o Partido dos trabalhadores é parte da ofensiva do grande capital contra os trabalhadores e as massas populares, e de reafirmar que a situação que vivemos coloca novas exigências, sendo as respostas mais sólidas para as enfrentar a intensificação da iniciativa política, a dinamização da luta de massas e o reforço do Partido.

 



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