Cuba não está só, ouviu-se em Lisboa
Um vasto conjunto de personalidades já subscreveu o apelo «Cuba deve ser eliminada da ignóbil lista de países patrocinadores do terrorismo», apresentado, dia 19 de Abril, numa iniciativa da Associação de Amizade Portugal-Cuba.
O apelo em defesa de Cuba continua aberto à subscrição
No átrio da Casa do Alentejo, em Lisboa, continua patente uma exposição sobre o ataque bombista que destruiu no dia 22 de Abril de 1976 as instalações da Embaixada de Cuba em Lisboa, causando a morte de dois diplomatas cubanos: Adriano Corcho e Efrén Monteagudo.
Mais tarde e na presença da Embaixadora de Cuba em Portugal, Yusmari Díaz, o apelo foi apresentado por uma das suas primeiras subscritoras: Raquel Ribeiro, jornalista investigadora. No documento lembra-se que «Cuba está sujeita a um bloqueio económico, comercial e financeiro há mais de 60 anos», que recentemente foi condenado (pela 30.ª vez) na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), pela «esmagadora maioria» dos países que a constituem. «Calcula-se em 154 mil milhões de dólares os prejuízos causados a Cuba pelo bloqueio, com danos humanos inquantificáveis», refere-se.
O momento contou ainda com a actuação de bailarinos do Conservatório Internacional de Ballet Annarella Sanchez. A directora que dá nome ao Conservatório é cubana e vive em Portugal, sendo formada pela Escola Cubana de Ballet em Camaguey (Cuba) e especialista em Dança Clássica pelo Instituto de Arte Superior de Arte de Cuba.
A iniciativa contou com a presença de Duarte Alves, deputado do PCP na Assembleia da República, e, entre outros, de representantes da Embaixada da Venezuela em Portugal.