A reivindicação é da URAP e o PCP deu-lhe expressão institucional, apresentando na Assembleia da República a proposta de criação do Museu da Resistência Antifascista no Porto, nas instalações onde funcionou a delegação da PIDE naquela cidade, na Rua do Heroísmo (actual Museu Militar).

No Projecto de Resolução refere-se que o edifício do Heroísmo «é um símbolo do regime fascista e, como antiga sede da polícia política, é o local adequado e justo para documentar, musealizar e, dessa forma, homenagear a luta pela liberdade daqueles que lá estiveram detidos e ali resistiram para construir no nosso país o 25 de Abril e o seu projecto emancipador de liberdade, progresso e desenvolvimento social».

Esta proposta segue-se a uma outra, aprovada em 2015, que recomendava a implementação de um percurso evocativo da memória dos resistentes que estiveram presos na sede da PIDE do Porto. Na sequência desta iniciativa do PCP foi celebrado um protocolo entre a URAP e o Ministério da Defesa, concretizando o percurso naquele edifício. O projecto «Do Heroísmo à Firmeza – Percurso na memória da casa da PIDE no Porto (1934-1974)» recria o trajecto feito pelos que ali eram encarcerados – desde a entrada nas instalações, aos interrogatórios, tortura e prisão.