Amanhã, 17 de Março, «vai ser um grande dia de greve, vai haver muitas perturbações em todos os serviços públicos e o responsável é o Governo, por insistir em não dar resposta aos problemas dos trabalhadores da Administração Pública e à necessidade de reforço dos serviços públicos», disse anteontem o coordenador da Frente Comum de Sindicatos.

Em conferência de imprensa, acompanhado por outros dirigentes sindicais, Sebastião Santana explicou as perspectivas para esta greve nacional, tendo por fundo « um quadro de agravamento das condições de vida, de empobrecimento, que, para os trabalhadores da Administração Pública, dura há já mais de uma década», bem como «a ausência de respostas e o reafirmar dessa ausência de respostas, por parte do Governo».

«Estamos à espera de uma grande adesão dos trabalhadores a esta jornada de luta, no dia 17», e também no dia seguinte, pois a Frente Comum «volta a manifestar absoluta solidariedade com a marcação de uma manifestação nacional, pela CGTP-IN, para dia 18», prevendo que esta «tenha também uma grande mobilização de trabalhadores da Administração Pública».

A greve de 24 horas foi decidida a 23 de Fevereiro, na cimeira de sindicatos da Frente Comum, que colocou como reivindicações centrais o aumento imediato dos salários de todos os trabalhadores, o reforço dos serviços públicos, a valorização das carreiras, a revogação do SIADAP (sistema de avaliação de desempenho), o controlo dos preços dos bens essenciais e a taxação dos lucros extraordinários.