Vamos jogar ao quem disse o quê
Aos leitores do Avante! propõe-se um passatempo: descobrir quem disse o quê sobre o PCP nas últimas semanas.
1. «o PCP quer tudo menos uma democracia, não tem qualquer valor democrático. O que o PCP quer é um país de proletários pobres (…) de uma massa de gente que não tem qualquer característica distintiva, qualquer valor acrescentado.»
2. «partido que já não faz sentido no regime democrático (…) de Paulo Raimundo espero que seja o camarada que fecha definitivamente a porta.»
3. «Um partido extremista que nem devia existir.»
4. «Eu sou realmente anticomunista, eu abomino o tipo de sociedade que o PCP professa. (…) O PCP não cumpre os padrões das democracias liberais ocidentais.»
Os leitores podem tentar fazer corresponder às frases os seguintes autores – e daremos as soluções no final do artigo:
A: Ana Pedrosa-Augusto, membro da Comissão Executiva da Iniciativa Liberal, comentadora da CNN.
B: Aline Hall de Beuvink, vice-presidente do Partido Popular Monárquico, comentadora da SIC.
C: António Lobo Xavier, membro do Conselho de Estado, administrador de tantas empresas que não cabem aqui os nomes, ex-dirigente do CDS, comentador da CNN.
D: André Ventura, presidente do Chega.
A Conferência Nacional do PCP assinalou como um dos desenvolvimentos que colocam novas exigências à intervenção do Partido e à luta dos trabalhadores e das populações «a intensificação da campanha antidemocrática, de forte pendor anticomunista». Afirmações destas, repetidas em loop nos meios de comunicação de massas, pelos mais diversos autores, com mais ou menos sofisticação e banhos de loja, são belos exemplos disso mesmo.
A realização da Conferência, a força que projectou, o acerto das prioridades definidas, a confiança do colectivo partidário, desapontam profundamente os coveiros do costume. É dessa frustração que nascem estas e outras tiradas, o silenciamento e a caricatura. É chato para estas pessoas e para quem lhes paga, mas a luta pela liberdade, a justiça e a democracia não acaba por decreto. Continua e reforça-se.
PS: e agora as soluções: A disse 1. B disse 3. C disse 4. D disse 2. Mas podia ter sido ao contrário.